É impressionante o poder de convencimento que têm algumas pessoas com pouca ou nenhuma instrução, ou mesmo desprovidas de qualquer conteúdo sadio no cérebro. Nem se cogita aqui de instrução escolar ou acadêmica, porque em grande parte elas são irrelevantes. Muitas vezes a “vida”ensina muito melhor a quem tem boa formação de caráter. Esse fenômeno mereceria investigação arrojada da ciência.. Nunca a omissão que se vê.
Começa pelos camelôs de rua vendendo bugigangas nas cidades, passa pelos pastores e padres religiosos “picaretas”, pregando e “achacando” os desatentos rebanhos de fiéis, e termina com os políticos convencendo prioritariamente idiotas a fim de angariar os seus votos, em proveito próprio, ou de terceiros, cuja maior expressão “nacional”, viva, sem dúvida, é o ex-presidente Lula. Ninguém o “bate” nessa capacitação.
Tamanha é a “competência” desse Senhor, a potência da sua língua, na ciência e arte de “enganar”, que conseguiu até mesmo levar os militares, que ele tanto despreza (filho “político”, ingrato, do Gen. Golbery), a fundarem o seu próprio partido, o Partido Militar Brasileiro. Guiou-os, portanto, como cachorrinhos mansos, e “bem conduzidos, a competir com ele próprio (Lula), e sua “quadrilha”, nas “artes marciais” em que eles têm pela consciência, e todos concordam, que são imbatíveis: os vícios e toda a podridão da política, ou seja, na “oclocracia”.
Bem sabem esses protagonistas da moderna política brasileira que as áreas em que os militares se saíram bem durante os seus governos, dentre as quais a maior honestidade, não trazem votos nas urnas. E ao que tudo leva a crer esta será mais uma das “vitórias” do PT,& Cia Ltda... Os militares estão caindo como “patinhos” nessa sutil armadilha. Vão ser eterna oposição em “minoria”, e com essa adesão estarão legitimando essa democracia demoníaca. Perdoem-me, portanto,meus amigos, mas isso é papel também de “burro”.
A força militar não está no discurso mentiroso. E só a mentira conduz a maioria desse povo. Militar nem sabe fazer isso. Se a recuperação, pelo menos parcial, da decência do país estiver na moral “armada”, não se deve titubear um só segundo em usá-la. Os fins justificariam os meios. Num recente texto que escrevi (Impeachment:Parlamentar ou Militar ?”, procurei demonstrar que às vezes, em casos excepcionais, “o direito da força deve preponderar sobre a força do direito”.
É claro que esse rol de “profissões” para começar essa discussão, dado como exemplo, pode ser ampliado quase ao infinito, porém a nossa “amostragem” será o suficiente para desenvolver essa cativante e pouco comum discussão. É lógico que o autor deste escrito nem poderia pensar em concorrer a qualquer cargo político eletivo. Para nada .E em lugar algum.. Mas este é o preço a ser pago por aqueles que não abdicam de dizer o que pensam,independentemente das suas conclusões estarem,ou não,em sintonia com a verdade. E mesmo para os que não têm nenhuma vocação para a política.
“Nosotros” não nos elegeríamos, portanto, nem mesmo para Terceiro Suplente de Vereador em “Cacimbinhas”, ou para “conselheiro” de condomínio residencial.....
E é justamente aí que começam todos os vícios que cercam a maldita “democracia” pra-
ticada no Brasil,e em boa parte do mundo,especialmente da América do Sul. Tantos são os seus vícios que ela deixou de ser democracia há muito tempo, para se transformar na sua contrária, a OCLOCRACIA (criação do geógrafo e historiador grego POLÍBIO, Séc.III,a/C), forma degenerada, corrompida, deturpada da democracia, praticada pela escória da sociedade, levada a fazer da política uma fonte de enriquecimento próprio, por um lado, e pela massa do povo, na outra ponta, em sua maioria despolitizada, ingênua, ignorante, alienada e interessada em migalhas.
Essa democracia do “diabo”, portanto, não se completa somente com a capacidade de convencimento do discurso desses lacaios da política, que tiram todo o proveito e “sugam”, como vampiros, as carências morais, intelectuais e culturais. do povo. Ela se completa com as “orelhas burras” que ouvem errado e acreditam em todas as mentiras.
A grande dívida que a ciência médica ainda tem com a sociedade é desvendar se nessas situações o órgão “pensante” dos que caem na armadilha da palavra desses patifes está só na respectiva ORELHA, ou se tais “verdades”, antes de chegarem às orelhas, passam, ou não, pelos filtros que estão na “bunda”. Essa dúvida passa a ser levada com seriedade quando se analisa os resultados das recentes eleições realizadas no processo eleitoral brasileiro.
Em resumo, elas podem ser concebidas como a “escolha” do pior, com as sua exceções, é lógico. Mas essas “exceções”, de modo geral, são em minoria e resultantes da parcela bem formada e politizada dos eleitores, ou em alguns casos como “sorte de loteria”. Mas o que não presta predomina, sem dúvida. É sempre maioria. Por esta razão não há maior “crime”para essa gente do que criticar essa sua “democracia”, que é o seu alimento, apesar de contaminado. Isso é o mesmo que ofende-los. Todavia essa conclusão se afasta quando consideramos que isso não é nem nunca foi uma democracia, meus Senhores e Senhoras..É o que peço que pensem.
O nosso mundo, de modo mais acentuado o brasileiro, não é mais governado pela inteligência, pelo melhor do cérebro. Quem passa a ser governo é a eloqüência da palavra falada,mesmo a burra ou mal-intencionada,por um lado, e os ouvidos, igualmente despreparados, burros, do povo, por outro. Esses dois pólos - um transmissor e outro receptor- são os que acionam o que alguns ainda chamam de “democracia”, mas que é a sua contrária,a “oclocracia”, a democracia virada ao avesso, ou de patas-para-o-ar.
Tenho forte apoio para minhas conclusões. Aristóteles. disse que não importa a forma e regime de governo. O que importa é a “virtude no seu exercício” (Política).
Portanto,também a democracia que não presta deve ser totalmente refeita nos seus princípios, ou ser jogada ao lixo, logo, e num primeiro momento, até o momento de poder ser totalmente reconstruída nos seus alicerces.
02 de dezembro de 2014
Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado gaúcho.
Sérgio Alves de Oliveira é Sociólogo e Advogado gaúcho.
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