"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 6 de dezembro de 2014

MAS QUE COISA, SÔ!!!

UM SEMINÁRIO SOBRE 'ÉTICA NA GESTÃO' EM BRASÍLIA. PETROLÃO NÃO ENTROU NA PAUTA...

15º Seminário Internacional Ética na Gestão, no Tribunal Superior do Trabalho (TST): o petrolão, já considerado a maior roubalheira do mundo tipificado como "crise" e "erro". Tá bom. Foto: Diário do Poder.
Após divulgação de depoimentos de executivos na Operação Lava Jato delatando esquema corrupção na Petrobras, o presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, Américo Lacombe, defendeu nesta manhã que as “crises” sirvam para corrigir erros. “Não são as crises que vão nos afetar”, disse. “Ao contrário, as crises valem para corrigirmos erros”, completou.
 
Ele participou do 15º Seminário Internacional Ética na Gestão, no Tribunal Superior do Trabalho (TST), um dia após a divulgação da delação do executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça, na Operação Lava Jato. O diretor denunciou nos depoimentos a doação legal a campanhas do PT paga por empreiteiras contratadas pela Petrobras.
 
Autoridades presentes na abertura evitaram menção ao escândalo. O vice-presidente da República, Michel Temer, não falou com jornalistas e fez uma breve apresentação. Lacombe defendeu que “também o poder das empresas” seja regulado com ética e considerou que “a oportunidade é excelente para iniciar uma discussão séria sobre ética e poder”.
 
O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, fez menção apenas indireta ao escândalo envolvendo a Petrobras, ao dizer que a Lei Anticorrupção “já está mostrando sua utilidade diante dos fatos” e mostra “como as instituições brasileiras estão aptas a operar diante de quaisquer desafios que ocorram”.
 
A CGU já abriu processos de responsabilização contra oito empreiteiras envolvidas na operação Lava Jato: Camargo Correa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran.
 
Nesta manhã, Hage afirmou, de forma genérica, que a adoção de códigos de ética e sistemas de integridade corporativa serve como “atenuador de penalidades” a empresas que tiverem envolvimento em atos ilícitos.
 
Financiamento de campanha
 
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho defendeu uma reforma política e retomou a discussão sobre financiamento privado de campanhas eleitorais. “O financiamento de campanhas por empresas privadas cria sobreposição venenosa entre política e interesses empresariais”, definiu.
 
O julgamento sobre financiamento privado está parado no Supremo Tribunal Federal (STF) por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, com maioria contra a possibilidade de empresas destinarem recursos às campanhas. Mendes e o ministro Dias Toffoli já sinalizaram que o Congresso é que deve avançar nesta questão, antes do Judiciário encerrar o debate.

Do site Diário do Poder

06 de dezembro de 2014
in aluizio amorim

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