Candidato à presidência da Câmara dos Deputados, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), se mostrou contrário a um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma, caso ganhe a presidência da Casa. “Quem ganhou a eleição tem legitimidade para governar.
Não dá pra gente falar disso quando ela ainda nem tomou posse para seu segundo mandato como presidente”, disse ele, durante café com jornalistas na manhã desta terça-feira (23), na liderança do PMDB.
Cunha também disse “não ter visto” qualquer intervenção do Planalto em defesa da candidatura de Arlindo Chinaglia (PT-SP), e que está recebendo o apoio do vice-presidente Michel Temer (PMDB). “Ele está me apoiando. Perfeitamente”.
Durante o encontro, Cunha falou também sobre os desdobramentos da Operação Lava Jato, deflagrada em março pela Polícia Federal. Ele saiu em defesa do correligionário e atual presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa no acordo de delação premiada firmado com o Ministério Público Federal e a PF. “O que há sobre ele é uma suposta citação. Mas não há denúncia. Não se sabe sequer qual foi o contexto dessa citação ao nome dele, para que ele possa se defender”, disse ele.
FERNANDO BAIANO
Cunha também negou com veemência ter recebido o empresário Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, na liderança do PMDB na Câmara. No início do mês, adversários de Cunha ventilaram que haveriam imagens do circuito interno de TV da Casa mostrando Baiano entrando na sala da liderança do partido. “Cadê? Pode trazer. Nunca apareceu. Alguém publicou isso, mas não comprovou. Se eu declarei que eu recebi ele no meu escritório do Rio de Janeiro, qual seria o problema de receber ele aqui? Mas, por acaso, não recebi”, disse. “Agora, essas imagens não existem. Estou te afirmando porque eu mesmo procurei a segurança da Câmara, e eles me garantiram que não existem”, enfatizou ele.
###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em busca dos votos da base aliada, Eduardo Cunha descarta de imediato o impeachment de Dilma. O assunto realmente nem existe, o repórter forçou a barra ao fazer a pergunta. O tema impeachment só entrará em pauta dentro de alguns meses. Aí, sim, a participação de Cunha será fundamental. Vamos aguardar. (C.N.)
24 de dezembro de 2014
Andre Shalders
Correio Braziliense
Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário