Acompanhem o raciocínio. Aécio lidera no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde o número de abstenções, brancos e nulos é menor do que no Norte e no Nordeste, onde este quantitativo é maior.
Mas quanto isso significa, efetivamente? Fizemos a conta na tabela acima, da seguinte forma:
1. Retiramos do eleitorado bruto (número de eleitores aptos a votar) de cada região os nulos, brancos e abstenções de 2010, aplicando sobre o eleitorado de 2014. Chegamos, assim, ao eleitorado líquido, ou seja, aos votos válidos.
2. Sobre os votos válidos, aplicamos os percentuais que Dilma e Aécio possuem em cada região pela pesquisa Datafolha de 21 de outubro, chegando ao número de votos.
3. Para os votos do exterior, aplicamos 65% para Aécio e 35% para Dilma.
4. O resultado final destes cálculos é que Aécio ganha 1% de eleitores e Dilma, obviamente, perde 1%. Se abstenções, nulos e brancos crescerem 10% em 2014, em relação a 2010, o impacto será 0,1%. Portanto, considerem apenas 1%. Esta é a vantagem de Aécio, neste indicador.
4. O resultado final destes cálculos é que Aécio ganha 1% de eleitores e Dilma, obviamente, perde 1%. Se abstenções, nulos e brancos crescerem 10% em 2014, em relação a 2010, o impacto será 0,1%. Portanto, considerem apenas 1%. Esta é a vantagem de Aécio, neste indicador.
Por favor, não deem palpites se não fizerem contas. Coloquem cálculos, não palavras, nos comentários. Não é hora para achômetro, nem pensômetro. Ah, mais acho que abstenção será maior. Por quê? Ah, mais penso que os números estão errados. Comprove!
Assim sendo, mantidas as mesmas participações no dia da eleição, Dilma teria 50,99% e Aécio 49,01%. O que isto significa? Que existiria uma suposta vantagem da petista, da ordem de 2,7 milhões de votos. E que, para vencer a eleição, o tucano precisaria virar 1,35 milhão de votos mais um, para ser eleito presidente do Brasil.
A diferença que o Datafolha dá, de 4% a mais para Dilma, na verdade é de 2%, numericamente. Para Aécio vencer, ele teria que conquistar 1% dos votos da Dilma ... mais um! Estes votos podem vir do esforço de cada um em buscar um eleitor em casa, em oferecer uma carona, em convencer alguém que não quer votar ir às urnas.
Pense assim: Aécio teria, hoje, 50 milhões de eleitores. Se um eleitor, que pode ser você, em cinquenta eleitores, conseguir mais um voto para o tucano, a gente vence a eleição. Portanto, mãos ao telefone, mãos ao volante, mãos à obra.
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