Ninguém, fora do Brasil, se importa com o discurso da presidente brasileira na Assembleia Geral da ONU (nos anos anteriores, com a espionagem da NSA e Palestina, houve uma maior atenção).
O mesmo valia para época que Fernando Henrique Cardoso estava no poder. Lula, na primeira vez, causou algum impacto porque no Ocidente, onde Brasil não costuma ser considerado ocidental, as pessoas adoram o exotismo do Brasil e histórias de vida romanceadas como a do ex-presidente.
Marina Silva, se eleita, também atrairá holofotes em sua primeira visita a Nova York como presidente porque tem uma história exótica na forma como o Ocidente gosta de enxergar o Brasil, ligada à Amazônia.
O mesmo valia para época que Fernando Henrique Cardoso estava no poder. Lula, na primeira vez, causou algum impacto porque no Ocidente, onde Brasil não costuma ser considerado ocidental, as pessoas adoram o exotismo do Brasil e histórias de vida romanceadas como a do ex-presidente.
Marina Silva, se eleita, também atrairá holofotes em sua primeira visita a Nova York como presidente porque tem uma história exótica na forma como o Ocidente gosta de enxergar o Brasil, ligada à Amazônia.
Normalmente, na ONU, as pessoas apenas prestam atenção nos discursos dos presidentes dos EUA, do Irã e, em menor escala, de Israel e da Palestina.
Além, claro, de seus próprios presidentes. Mesmo representantes da Grã Bretanha e da França causam pouco impacto – procure declarações deles na imprensa brasileira nos próximos dias. De ano para ano, dependendo do tema em discussão, prestam mais atenção em algum líder, como Morsy, então presidente do Egito, dois anos atrás. Além, claro, de figuras esquisitas, como Fidel e Kadafi – neste caso, mais pelo surrealismo destes líderes.
O discurso de Dilma não foi transmitido por nenhuma das redes de TV de notícias dos EUA – Fox News, CNN, MSNBC e Al Jazeera America. Uma delas colocava a chamada “Awaiting Obama”, enquanto comentaristas especulavam sobre o discurso. Não teve e não terá nenhum impacto fora do Brasil.
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O artigo, enviado por Ricardo Sales, é interessante e verdadeiro. Essa situação só mudará quando Brasil tiver um presidente de verdade, que saiba atuar como um dos líderes dos BRICS, firmando acordos de desenvolvimento com esses importantes países e com nações que cultivam uma postura independente, como a Suécia. Lula e Dilma são primários, não enganam ninguém. Fernando era um pavão fantasiado de político, não tem a menor ideia do significado da expressão “interesse nacional”.
Resumindo: procura-se um estadista no Brasil. (C.N.)
30 de setembro de 2014
Gustavo Chacra
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