A Hora dos Petralhas Mortos-Vivos
A Operação Lava Jato torna ainda mais assustador para a cúpula do PT o imortal fantasma de Celso Daniel – Prefeito petista hediondamente sequestrado, torturado e assassinado em janeiro de 2002, só Deus sabe por ordem de quem. Agentes federais descobriram uma prova que embasa a denúncia feita em 2012 pelo “operador do Mensalão”, Marcos Valério Fernandes de Souza, segundo a qual Lula da Silva, Gilberto Carvalho e José Dirceu foram chantageados por Ronan Maria Pinto. Trata-se do conhecido empresário de ônibus em Santo André, que nega as suspeitas de ligação com a morte brutal do petista que comandaria as finanças da primeira campanha presidencial vitoriosa de Lula.
O fantasma de Celso Daniel assombra a cúpula petista em toda véspera de eleição, pelo menos a cada dois anos. Mas, agora, a Lava Jato lança novas sujeiras sobre o escandaloso crime até hoje sem solução concreta e punição para o verdadeiro mandante. O Estadão noticiou que a Polícia Federal apreendeu no escritório da contadora do doleiro Alberto Youssef um contrato de empréstimo de R$ 6 milhões que liga as empresa 2S Participações, de Marcos Valério, com a Expresso Nova Santo André, de Ronan Pinto, e a Remar Agenciamento e Assessoria. Assinado em outubro de 2004, o acordo chama atenção por ter as inscrições “Enivaldo” e “Confidencial”.
A PF suspeita que “Enivaldo” seja uma referência direta a Enivaldo Quadrado, envolvido no escândalo do Mensalão, que trabalhava para o doleiro Youssef – apontado, junto com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de “abastecimento” da Petrobras, como o suspeito de comandar um esquema de lavagem de mais de R$ 10 bilhões. O negócio fica mais suspeito porque o achado do contrato empresta ares de prova ao depoimento prestado por Marcos Valério a duas procuradoras do MPF, em setembro de 2012. Valério revelou que o PT lhe pediu R$ milhões emprestados para que Ronan parasse de chantagear Lula, Carvalho e Dirceu sobre o caso Celso Daniel.
Não fosse agora ser ressuscitado pela Lava Jato, tal depoimento voltaria a cair no esquecimento público ou ficaria restrito à papelada processual do pós-Mensalão. Além evocar o fantasma de Daniel, Valério botou Lula (que nega tal versão) no meio do Mensalão. O publicitário garantiu às procuradoras Claudia Sampaio e Raquel Branquinho que teve um encontro rápido com Lula, em 2003, no Palácio do Planalto, quando o então presidente havia endossado um acordo financeiro firmado entre José Dirceu (na época ministro da Casa Civil) e Delúbio Soares (naquele tempo tesoureiro do PT). Trata-se do famoso repasse de R$ 7 milhões da Portugal Telecom para o grupo, segundo Valério, com total aval de Lula.
No momento em que Paulo Roberto Costa negocia uma delação premiada, o processo da Operação Lava Jato se aproxima, perigosamente, da cúpula do Partido dos Trabalhadores e da caixa preta dos gestores petistas em fundos de pensão. O Ministério Público Federal já investiga negócios feitos pelo doleiro Alberto Youssef com João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, umbilicalmente ligado ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a nova defensora de Paulo Roberto Costa, a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, adverte que, “pessoalmente, seu cliente está em um momento difícil”.
O caos está formado. Preso desde março pela Operação Lava Jato, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef na empresa CSA Project, sediada em São Paulo, é quem relaciona Vaccari com o esquema que lavou mais de R$ 10 bilhões. Em depoimento no último dia 15, Carlos Costa revelou haver indício de que Vaccari estaria intermediando negócios de fundos de pensão (principalmente a Petros) com a CSA e uma outra empresa ligada ao doleiro Youssef, a GFD Investimentos, na qual Paulo Roberto Costa também figuraria como sócio. Carlos Costa apontou o ex-gerente de Novos Negócios do Petros, Humberto Pires Grault, sindicalista ligado ao PT, como um dos beneficiários de R$ 500 mil, que teriam sido pagos como “comissão” para que o fundo de pensão adquirisse, entre 2005 e 2006, uma cédula de crédito bancário de R$ 13 milhões.
O momento é dificílimo... Esta semana, na Polícia Federal em Curitiba, Paulo Roberto Costa terá um novo encontro com sua defensora para ratificar a decisão de partir para a “delação premiada” – que pode gerar reações imprevisíveis na cúpula petralha. A advogada Preta ainda não garante que Costa queira colocar o preto no branco: “Ele ainda não está decidido. Esta é uma escolha muito pessoal, muito subjetiva. Tem que partir da pessoa. A delação tem um ônus grande, apresenta prós e contras. O colaborador busca benefícios. Por outro lado, tem que apontar pessoas, fatos, é uma decisão que só o réu pode tomar”.
Não querendo se transformar em um novo “Celso Daniel”, na realidade, Paulo Roberto Costa e sua família acenam com a delação premiada para acuar os petistas. Afinal, não dá para conceber que ele tenha comandado sozinho ou apenas com o doleiro Youssef um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, envolvendo vários contratos da Petrobras – empresa na qual ele controlava, estranhamente, 1832 contas correntes, embora não fosse o diretor financeiro, mas apenas o de “abastecimento”. Paulo Roberto era tão poderoso que, entre 2005 e 2012, foi o substituto eventual de José Sérgio Gabrielli, assumindo a presidência da Petrobras por 24 vezes, ou 95 dias na função.
A história é tão clara que nem precisa desenhar. Nada na Petrobras se resolve sem a interferência, o conhecimento ou o aval direto da Presidência da República, junto com a diretoria executiva e o conselho de administração da empresa. Portanto, a sujeira descoberta na lava Jato atingirá, em cheio, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora Dilma Vana Rousseff. O caso da “presidenta” é complicadíssimo. Se não sabia de nada, pode ser taxada de “ignoranta”. Se sabia e deixou correr frouxo, pode ser classificada, no mínimo, de “incompetenta”.
A Operação Lava Jato torna ainda mais assustador para a cúpula do PT o imortal fantasma de Celso Daniel – Prefeito petista hediondamente sequestrado, torturado e assassinado em janeiro de 2002, só Deus sabe por ordem de quem. Agentes federais descobriram uma prova que embasa a denúncia feita em 2012 pelo “operador do Mensalão”, Marcos Valério Fernandes de Souza, segundo a qual Lula da Silva, Gilberto Carvalho e José Dirceu foram chantageados por Ronan Maria Pinto. Trata-se do conhecido empresário de ônibus em Santo André, que nega as suspeitas de ligação com a morte brutal do petista que comandaria as finanças da primeira campanha presidencial vitoriosa de Lula.
O fantasma de Celso Daniel assombra a cúpula petista em toda véspera de eleição, pelo menos a cada dois anos. Mas, agora, a Lava Jato lança novas sujeiras sobre o escandaloso crime até hoje sem solução concreta e punição para o verdadeiro mandante. O Estadão noticiou que a Polícia Federal apreendeu no escritório da contadora do doleiro Alberto Youssef um contrato de empréstimo de R$ 6 milhões que liga as empresa 2S Participações, de Marcos Valério, com a Expresso Nova Santo André, de Ronan Pinto, e a Remar Agenciamento e Assessoria. Assinado em outubro de 2004, o acordo chama atenção por ter as inscrições “Enivaldo” e “Confidencial”.
A PF suspeita que “Enivaldo” seja uma referência direta a Enivaldo Quadrado, envolvido no escândalo do Mensalão, que trabalhava para o doleiro Youssef – apontado, junto com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de “abastecimento” da Petrobras, como o suspeito de comandar um esquema de lavagem de mais de R$ 10 bilhões. O negócio fica mais suspeito porque o achado do contrato empresta ares de prova ao depoimento prestado por Marcos Valério a duas procuradoras do MPF, em setembro de 2012. Valério revelou que o PT lhe pediu R$ milhões emprestados para que Ronan parasse de chantagear Lula, Carvalho e Dirceu sobre o caso Celso Daniel.
Não fosse agora ser ressuscitado pela Lava Jato, tal depoimento voltaria a cair no esquecimento público ou ficaria restrito à papelada processual do pós-Mensalão. Além evocar o fantasma de Daniel, Valério botou Lula (que nega tal versão) no meio do Mensalão. O publicitário garantiu às procuradoras Claudia Sampaio e Raquel Branquinho que teve um encontro rápido com Lula, em 2003, no Palácio do Planalto, quando o então presidente havia endossado um acordo financeiro firmado entre José Dirceu (na época ministro da Casa Civil) e Delúbio Soares (naquele tempo tesoureiro do PT). Trata-se do famoso repasse de R$ 7 milhões da Portugal Telecom para o grupo, segundo Valério, com total aval de Lula.
No momento em que Paulo Roberto Costa negocia uma delação premiada, o processo da Operação Lava Jato se aproxima, perigosamente, da cúpula do Partido dos Trabalhadores e da caixa preta dos gestores petistas em fundos de pensão. O Ministério Público Federal já investiga negócios feitos pelo doleiro Alberto Youssef com João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT, umbilicalmente ligado ao ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É por isso que a nova defensora de Paulo Roberto Costa, a advogada criminalista Beatriz Catta Preta, adverte que, “pessoalmente, seu cliente está em um momento difícil”.
O caos está formado. Preso desde março pela Operação Lava Jato, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa, apontado como laranja de Youssef na empresa CSA Project, sediada em São Paulo, é quem relaciona Vaccari com o esquema que lavou mais de R$ 10 bilhões. Em depoimento no último dia 15, Carlos Costa revelou haver indício de que Vaccari estaria intermediando negócios de fundos de pensão (principalmente a Petros) com a CSA e uma outra empresa ligada ao doleiro Youssef, a GFD Investimentos, na qual Paulo Roberto Costa também figuraria como sócio. Carlos Costa apontou o ex-gerente de Novos Negócios do Petros, Humberto Pires Grault, sindicalista ligado ao PT, como um dos beneficiários de R$ 500 mil, que teriam sido pagos como “comissão” para que o fundo de pensão adquirisse, entre 2005 e 2006, uma cédula de crédito bancário de R$ 13 milhões.
O momento é dificílimo... Esta semana, na Polícia Federal em Curitiba, Paulo Roberto Costa terá um novo encontro com sua defensora para ratificar a decisão de partir para a “delação premiada” – que pode gerar reações imprevisíveis na cúpula petralha. A advogada Preta ainda não garante que Costa queira colocar o preto no branco: “Ele ainda não está decidido. Esta é uma escolha muito pessoal, muito subjetiva. Tem que partir da pessoa. A delação tem um ônus grande, apresenta prós e contras. O colaborador busca benefícios. Por outro lado, tem que apontar pessoas, fatos, é uma decisão que só o réu pode tomar”.
Não querendo se transformar em um novo “Celso Daniel”, na realidade, Paulo Roberto Costa e sua família acenam com a delação premiada para acuar os petistas. Afinal, não dá para conceber que ele tenha comandado sozinho ou apenas com o doleiro Youssef um esquema bilionário de lavagem de dinheiro, envolvendo vários contratos da Petrobras – empresa na qual ele controlava, estranhamente, 1832 contas correntes, embora não fosse o diretor financeiro, mas apenas o de “abastecimento”. Paulo Roberto era tão poderoso que, entre 2005 e 2012, foi o substituto eventual de José Sérgio Gabrielli, assumindo a presidência da Petrobras por 24 vezes, ou 95 dias na função.
A história é tão clara que nem precisa desenhar. Nada na Petrobras se resolve sem a interferência, o conhecimento ou o aval direto da Presidência da República, junto com a diretoria executiva e o conselho de administração da empresa. Portanto, a sujeira descoberta na lava Jato atingirá, em cheio, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e sua sucessora Dilma Vana Rousseff. O caso da “presidenta” é complicadíssimo. Se não sabia de nada, pode ser taxada de “ignoranta”. Se sabia e deixou correr frouxo, pode ser classificada, no mínimo, de “incompetenta”.
Como os bebês de colo sabem, desde o início do primeiro governo Lula, Dilma acumulou as funções de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras (cargo que ocupou durante quase oito anos). Assim, desde janeiro de 2003, Dilma tinha o poder de agir e acionar os instrumentos para determinar investigações sobre fatos que tivessem sido praticados em prejuízo da Petrobras. E, obviamente esse poder se tornou ainda maior quando ela passou a exercer a presidência da República.
Por isso, é espantoso constatar que só agora, passados mais de doze anos, Dilma cometa a imprudência de lançar suspeitas sobre a falta de investigações em dois fatos prejudiciais à Petrobras ocorridos no governo FHC (o afundamento da plataforma P-36 e a troca de ativos com a Repsol). Por que ela, como poderosa ministra de Lula, chefona do Conselho da Petrobras e, depois, Presidenta da República, não mandou apurar o que viu de errado? Certamente, contaminada pelo ambiente emocional gerado pelo risco de não se reeleger, a coitadinha da Dilma acabou jogando contra si mesma...
Porém, o mais espantoso é ver que a suposta “oposição” não questiona o caso Gemini – um crime de lesa-pátria que tem o potencial de aniquilar qualquer resquício de credibilidade que, porventura, ainda exista nas duas mais decantadas qualidades de Dilma: “gerente eficiente” e “administradora transparente”. O engenheiro João Vinhosa já cansou de denunciar este escândalo que pode ser um modelo repetido em várias caixas-pretas das “Sociedades de Propósitos Específicos” firmadas pela Petrobras com empresas parceiras.
No vídeo-texto intitulado “A oposição que Dilma pediu a Deus (III)”, o engenheiro João Vinhosa afirma que, para liquidar com Dilma, basta perguntar: Que providências ela tomou diante das diversas cartas que recebeu sobre a Gemini? As cópias protocoladas, enviadas a ela, podem ser vistas no
site www.maracutaiasnapetroroubobras.com
site www.maracutaiasnapetroroubobras.com
https://www.youtube.com/watch?v=sxDe0vSbEUE&feature=player_embedded
Pelo visto, a Petrobras é uma “arma eleitoral” (usada pelo próprio governo) contra si mesmo. A Lava Jato cai matando. E, agora, que o fantasma de Celso Daniel volta a assombrar a petralhada, o futuro da República Sindicalista do Brazil fica seriamente comprometido. Agosto, o mês do desgosto, ainda deve gerar mais desgraças contra o regime nazicomunopetralha que faz uma hedionda parceria com a governança do crime organizado.
Pelo visto, a Petrobras é uma “arma eleitoral” (usada pelo próprio governo) contra si mesmo. A Lava Jato cai matando. E, agora, que o fantasma de Celso Daniel volta a assombrar a petralhada, o futuro da República Sindicalista do Brazil fica seriamente comprometido. Agosto, o mês do desgosto, ainda deve gerar mais desgraças contra o regime nazicomunopetralha que faz uma hedionda parceria com a governança do crime organizado.
God na defesa
Correria
25 de agosto de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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