"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

MARINA, FIM DA DEMOCRACIA REPRESENTATIVA, GOVERNO DO "OCCUPY BRASÍLIA"


 
 
 
Não pensem que o casamento dos socialistas do PSB com os sonháticos de Marina Silva é apenas por conveniência. Que é momentâneo. Não é. É por uma profunda concordância com a "democracia participativa" que eles estão unidos, cada um com as suas interpretações sobre a fórmula de governar "com o povo". O objetivo de ambos é "governar com as ruas", mobilizando movimentos sociais para pressionar o Congresso, acabando com a "democracia representativa". 

Não sou cientista político, mas também não sou burro. Esta linha ideológica de Marina Silva ficou muito clara quando ela liderou centenas de ONGs e mais um coletivo de artistas para peitar o Congresso Nacional e a Presidência da República com a campanha "Veta Dilma", durante as discussões do Código Florestal. O Parlamento era constantemente invadido por manifestantes, com Marina Silva na liderança, tentando impedir que as discussões e votações tivessem o curso normal. E como isso era feito? Utilizando dados mentirosos sobre desmatamento, utilizando pesquisas de opinião pública manipuladas, utilizando a palavra de uma "academia" aparelhada. E, principalmente, transformando jovens estudantes em massa de manobra, como se fossem uma seita ambientalista. 

As fotos acima ilustram um pouco do que foi a primeira tentativa de Marina Silva para confrontar a democracia e tentar levar no grito e na força o veto ao Código Florestal.

Hoje o jornal Valor Econômico publica uma entrevista com o presidente do PSB, Roberto Amaral, onde ele é muito claro a respeito do modelo de governo que será implantado, caso a comoção continue, caso impere o culto fundamentalista à candidata Marina Silva. Destacamos algumas frases:

Tem que haver composição e diálogo com o Congresso, mas em função de uma linha programática... Estou convencido de que isso é possível. Você viu o resultado das manifestações de rua. Fez com que o Congresso aprovasse leis que estava segurando havia quatro anos.

Só vejo uma forma: nós não pararmos a campanha em outubro. Mantermos a sociedade mobilizada, sendo ouvida, sendo chamada, reavivarmos as entidades de classe, discutirmos tudo claramente. A democracia participativa está na Constituição.

Marina Silva, em todas as suas aparições na Imprensa, por outro lado, messiânica, passou a dividir os políticos entre os bons e os maus. Diz que vai governar com os bons. E até mesmo citou José Serra, para diferenciá-lo do tucano Geraldo Alckmin, que ela não apoia. Teremos, com a hipótese de Marina Silva, não mais a luta de classes adotada pelo PT como base para governar, exacerbando o conflito entre pobres e ricos. Teremos o fundamentalismo religioso dividindo o país entre os bons e os maus, como se estivéssemos em pleno Juízo Final. Para isso, os bons serão os jovens, os ambientalistas e os movimentos sociais. Os maus serão, em primeiro lugar, os políticos, seguidos dos produtores rurais e por aí vai.

Este fundamentalismo messiânico já está presente nas declarações do presidente do PSB, Roberto Amaral. O jornal pergunta a ele: Se o PSB não for para o segundo turno, apoia quem? Fica na oposição? Ele responde, convicto: Estou convencido de que ganho no primeiro ou irei para o segundo turno. Antes disso, informa que não fará acordos espúrios com o PMDB, que ele cita textualmente. Que Marina governará "com as franjas do PT e do PSDB". Além, é lógico, de atravessar a Praça dos Três Poderes, juntar 20.000 jovens e cercar o Congresso Nacional. Não é o que ela sempre fez? Com ela, sem dúvida alguma, a democracia representativa estará com os dias contados. Sem maioria e sem acordos, só mesmo um Occupy Brasília. Impossível? Vejam o que ela declarou em outubro de 2013, em artigo na Folha de São Paulo:

Quando o movimento Occupy Wall Street mostrou-se resistente a ponto de espalhar-se como estratégia pelo mundo inteiro, o iceberg de uma grande mudança revelou sua pontinha. Os jovens ativistas autorais são as novas antenas da raça humana.
 
25 de agosto de 2014
in coroneLeaks

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