"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

COM A PROPAGANDA ELEITORAL EM MARCHA, PESQUISAS VÃO DEFINIR OS RUMOS

 

 
O tempo da propaganda eleitoral na televisão e no rádio começou, e, logicamente os candidatos vão definir suas estratégias realçando as diferenças entre eles, como destacaram as reportagens de O Globo e Folha de São Paulo, nas edições de quarta-feira 20. No Globo, o texto foi assinado pela repórter Maria Lima. Na Folha de São Paulo, um conjunto de matérias divididas em blocos, sem assinatura. Convergem entretanto para o mesmo tema. Escrevo este artigo na quarta-feira, antes portanto da primeira aparição de Marina Silva como candidata do PSB, tendo como vice o deputado gaúcho Beto Albuquerque, da corrente menos reformista do partido.
Os desempenhos na TV são fundamentais para os avanços das campanhas, razão pela qual as exposições, como sempre, serão acompanhadas pelas pesquisas no sentido de medir seus efeitos na opinião pública, no eleitorado como um todo. Eventuais equívocos e posturas não adequadas serão corrigidos no passar dos dias, uma vez que os três principais candidatos, Dilma Rousseff, Marina Silva e Aécio Neves, também vão se expor em seus horários três vezes por semana, além das inserções diárias de 30 segundos cada uma. São inserções múltiplas, com a presidente da república tendo direito a 36 ou 38 comerciais  por semana ao longo de diversos horários. Aparecem repentinamente nas telas nos momentos mais diversos.
PESQUISAS 
As medições quanto aos efeitos que produzem já podem ser avaliados a partir desta semana, pois o quadro estará completo com a homologação, pelo PSB, de Marina Silva como candidata da legenda que lidera uma coligação de pequenos partidos. Vamos observar, a partir de então, os reflexos mais concretos do confronto, reduzido o impacto da emoção pela trágica morte e pelo sepultamento de Eduardo Campos.
Deve-se levar em conta, inclusive, que os quadros que formam no apoio a Dilma Rousseff e Aécio Neves já se encontram consolidados. Os em torno de marina Silva ainda não totalmente. A indicação do candidato a vice, por exemplo. O deputado Beto Albiquerque conta com o apoio do agronegócio, como afirmou na Folha de São Paulo o repórter Felipe Bachtoldt, edição do dia 20. O agronegócio enfrenta resistência da candidata Marina Silva. Ela terá também que equacionar ou conviver com a candidatura de Márcio França  a vice-governador de São Paulo na chapa de Geraldo Alckmin. Márcio França é o presidente da seção paulista do PSB. Vai ter que equacionar ou superar o apoio do Partido Socialista Brasileiro à candidatura Linbergh Farias que é do PT, ao governo do Estado do Rio de Janeiro. Enfim nada insuperável, mas nem por isso deixa de exigir sensibilidade para as circunstâncias e trabalho para superá-las.
O PASTOR E A PETROBRAS
O pastor Everaldo, que alcança 3% nas pesquisas do Ibope e Datafolha quanto as intenções de voto, foi entrevistado na noite de terça-feira por William Bonner e Patrícia Poeta no Jornal Nacional. Foram quinze minutos de diversão, uma vez que a candidatura do Partido Socialista Cristão só pode ser levada a sério como capaz de assegurar a realização do segundo turno. Três pontos podem ser decisivos sob este aspecto. Fora daí, não tem o menor sentido, a não ser conduzir ao divertimento. Basta dizer que defendeu, se eleito, a privatização da Petrobrás. Quem poderia comprar a estatal? Somente uma empresa internacional, já que Eike Batista está fora de cogitações. Qual seria o preço? O próprio pastor Everaldo não faz ideia.
 
27 de agosto de 2014
Pedro do Coutto

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