“CONTRIBUIR PARA A DEFESA DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE, TRADUZINDO UM PAÍS COM PROJEÇÃO DE PODER E SOBERANO, DEVE SER O NOSSO NORTE! GEN MARCO FELICIO” - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO CLUBE MILITAR - CHAPA TRADIÇÃO, COESÃO e AÇÃO.
A mesma revolta que assalta grande parcela de inúmeros cidadãos brasileiros e que é extravasada na Internet por meio de artigos variados, em razão dos descalabros moral, político e econômico que perpassam a vida diária da Nação, é a mesma que, também, assalta, diariamente, a minha mente. Entretanto, tenho dúvidas que tais descalabros tenham como origem a genética dos brasileiros, dando margem à repetida pergunta “Que povo é esse?”.
Em princípio, a corrupção moral, em suas diversas formas, existe em todo o mundo desde que o mundo é mundo. Não é apanágio do povo brasileiro e de sua genética, embora distúrbios comportamentais e mentais, também, possam incidir sobre qualquer ser humano. O que difere, de país para país, é a maneira como tal corrupção é aceita e tratada, isto é, como é devidamente punida e com que intensidade, rejeitando-se qualquer forma de impunidade. E isso é resultante das ações de suas elites respectivas.
Sabemos que, em qualquer regime político e forma de governo, democrático ou não, o povo, a grande massa, é representado, influenciado e manipulado por suas elites que ocupam, nos diversos campos do poder, os mais altos níveis de direção da Nação, principalmente os de natureza governamental.
Assim, creio que, no caso brasileiro, ao invés de “Que povo é esse?”, perguntaria “Que elites são essas?” compostas por governantes, senadores, deputados, líderes políticos, grandes empresários, donos de empresas de comunicação, banqueiros, professores universitários, intelectuais, artistas, profissionais liberais, militares, juízes e procuradores, entre outros, que permitiram a ascensão e sustentam o atual estado de coisas, com ação ou omissão, visando interesses próprios ou de grupos, uma democracia sumamente aleijada, em que se confunde liberdade com libertinagem, em que se arrotam direitos e se maquiam deveres, em que se privilegiam direitos humanos para criminosos e se esquecem que tais direitos deveriam ser, especialmente, dos humanos direitos, um Estado que se diz Democrático de Direito quando o primeiro a não cumprir a lei, impunemente, é o próprio governo. Responderia, ainda, que são estas as elites que conduzem o País, vertiginosamente, ladeira abaixo.
Como culpar o povo, a maior vítima de tais descalabros, por tal situação, se é ele, em grande parte, ignorante, sem discernimento, pobre e miserável, manipulado e influenciado por tais elites?
E nós, somos povo ou elite? Qual a nossa parcela de culpa? Que ações de oposição a tudo isso realizamos?
Jamais, em tempo algum, como no atual e passados governos do PT, vimos nível de corrupção, como o que grassa, desgraçadamente, na “máquina pública”, espraiando-se e imiscuindo-se no campo privado, atingindo empresas como a Petrobrás, fundo de pensões e instituições financeiras, loteados e aparelhados por tal partido, usando o público com se privado fosse, buscando o poder e pelo poder.
Aliás, comprovadamente, a política de loteamentos de cargos em empresas públicas, cooptando o apoio de líderes políticos, sempre foi e sempre será uma das maiores causas da corrupção endêmica que assola o País.
O que nos falta são elites, até mesmo por obrigação constitucional, com
vontade e decisão políticas de dizer um basta e de transformar o País, propiciando ao nosso povo o que ele necessita em matéria de necessidades básicas, principalmente, em educação, instrução e saúde e oportunidades de trabalhar e viver com dignidade.
Precisamos de elites que exijam e façam a Justiça presente, rápida e atuante. Elites que não permitam a impunidade qualquer que seja o crime e seu autor. Elites que exijam e instaurem uma Democracia diferenciada (Singapura, como exemplo), marcada por direitos e deveres e condizente com as características e necessidades da Nação.
Marco Antonio Felicio da Silva é General de Divisão, na Reserva.
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