Para 78 por cento dos brasileiros, existe corrupção na Petrobras e para 29 por cento deste contingente a corrupção na empresa é maior do que em outras estatais do país, de acordo com pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira, 7.
Apenas 5 por cento dos entrevistados disseram que não existe corrupção na Petrobras, enquanto 18 por cento não souberam responder a pergunta, segundo o levantamento publicado pelo jornal Folha de S.Paulo desta segunda-feira.
Quarenta por cento dos entrevistados consideram que a presidente Dilma Rousseff tem "muita responsabilidade" na compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, de acordo com o jornal. Para 26 por cento, a presidente tem pouca responsabilidade, enquanto 9 por cento isentaram Dilma.
Os problemas com o negócio em Pasadena são investigados há vários anos, mas ganharam novo contorno no mês passado depois que Dilma, que presidia o Conselho de Administração da estatal na época da aprovação da compra, afirmou que a operação se baseou em um resumo executivo "técnica e juridicamente falho", preparado na época pelo então diretor da área internacional da companhia
Em 2006, a estatal comprou 50 por cento da refinaria no Texas por 360 milhões de dólares, sendo 170 milhões de dólares referentes à compra de estoque de óleo, mas, em seguida, amargou uma batalha judicial com o parceiro no projeto, a Astra, e acabou desembolsando um total de 1,2 bilhão de dólares para adquirir a refinaria integralmente.
O caso de Pasadena e outras denúncias de irregularidades na Petrobras levaram a oposição a tentar emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Congresso para investigar a estatal.
Os que mais culpam Dilma na pesquisa Datafolha pelo suposto mau negócio em Pasadena são os mais bem informados sobre o tema (71 por cento), de acordo com o jornal. Para 39 por cento, a compra da refinaria foi feita por um valor acima do preço para beneficiar pessoas envolvidas na transação.
Pesquisa Datafolha divulgada no sábado mostrou queda tanto na aprovação do governo Dilma como nas intenções de voto na presidente.
O levantamento foi feito nos dias 2 e 3 de abril em 162 municípios, com 2.637 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
07 de abril de 2014
Reuters
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