Dilma, a responsável número 1 pela corrupção na Petrobras
Mais de três quartos dos brasileiros (78%) dizem que existe corrupção na Petrobras, segundo pesquisa Datafolha realizada na última semana. Desse contingente, 29% afirmam acreditar que a corrupção na estatal é maior do que em outras empresas públicas brasileiras. Para 40% dos entrevistados, a cultura de suborno na Petrobras é igual à de outras estatais, enquanto 4% dizem acreditar que ela é menor. Só 5% dos brasileiros dizem que não existe corrupção na companhia, e 18% não souberam responder a pergunta.
A Petrobras tornou-se um problema para o governo desde que a presidente Dilma Rousseff (PT) declarou, no mês passado, que não recebera informações jurídicas suficientes para aprovar a compra de uma refinaria em Pasadena, nos EUA. A aquisição virou alvo de uma CPI e da Polícia Federal por que há a suspeita de que o negócio causou um prejuízo de pouco mais de R$ 1 bilhão para a Petrobras. À época do negócio, em 2006, Dilma era a chefe da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da Petrobras, que aprovou a compra de 50% dessa refinaria.
Pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana apontou que as intenções de voto em Dilma caíram seis pontos desde o final de fevereiro (44% para 38%) no cenário com os candidatos nanicos. Diminuiu também a aprovação à presidente. O levantamento do Datafolha sobre a Petrobras mostra que 57% dos brasileiros tomaram conhecimento da polêmica sobre a refinaria. Apesar de toda a repercussão, 43% dizem que não têm conhecimento do caso.
Entre o total de entrevistados, 40% afirmam que Dilma tem muita responsabilidade na compra. Para 26%, a presidente tem pouca responsabilidade. Já 9% isentam Dilma. Um quarto não soube responder a questão. Os que mais culpam Dilma pelo suposto mau negócio são os mais bem informados sobre o tema (71%), os mais ricos (64%) e simpatizantes do PSDB (61%).
Para 39%, a compra da refinaria pela Petrobras foi feita por um valor acima do preço para beneficiar pessoas envolvidas no negócio. Só 6% acham que a compra foi feita por um preço justo na época. Um terço (34%) não soube responder a essa pergunta.
No universo dos que estão bem informados sobre Pasadena, 69% dizem que a compra beneficiou pessoas envolvidas nas negociações. O levantamento foi feito entre quarta e quinta-feira da semana passada em 162 municípios, com 2.637 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
(Folha de São Paulo)
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