Lamentável o espetáculo de barganha política que o PT e os partidos da chamada base aliada estão exibindo à perplexa sociedade brasileira.
São beicinhos, cochichos, muxoxos, más intenções fingidas e rebeliões festivas que envergonham o pobre contribuinte.
Com pilhas de projetos de importância, referentes a questões de interesse público, alguns há décadas encalhados nos porões do nosso desprestigiado Congresso, as principais agremiações e seus duvidosos líderes estão empenhados numa mesquinha luta por espaço político visando a satisfazer basicamente as ambições particulares de poder.
Com uma drástica redução dos dias de trabalho neste ano de oba-oba e eleições, sem alteração dos salários dos deputados, senadores e apaniguados que pululam nos gabinetes, o nosso Parlamento gastará incríveis R$ 23 milhões por dia em 2014.
Trata-se de um preço demasiadamente alto para manter uma democracia onde o voto é obrigatório, os representantes do povo se engalfinham, sem nada produzir em nome de seus representados e os dois poderes estão dominados e aparelhados pelo executivo, ansioso também por amordaçar os meios de comunicação através da tentativa de imposição de suspeitos marcos regulatórios.
Não há dúvida que a democracia é o melhor dos sistemas mas se sua relação custo-benefício atinge níveis desumanos, isto significa que está mais do que na hora de rever o modelo vigente.
Mas por aqui, quem estará interessado em tal revisão?
Só resta bradar desesperadamente por socorro!
21 de março de 2014
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado
Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e guerra, reformado
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