"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 21 de março de 2014

SANATÓRIO (OU SANITÁRIO) DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Neurônio lesionado

“O gesto, repetido a cada vitória nossa nos mundiais, fizeram de #Bellini um ícone da força dos brasileiros em superar as adversidades”.

Dilma Rousseff, ao comentar pelo Twitter a morte de Bellini, revelando que o neurônio solitário é assassino de plurais e tão ignorante em futebol que ainda não sabe que o gesto de erguer o troféu acima da cabeça, inaugurado pelo craque em 1958, tem sido repetido desde 1962 pelo capitão da seleção que vence a Copa do Mundo.

Quase igual

“Dilma foi de uma honestidade intelectual que muitos não tiveram no cargo que ela ocupa”.

Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara, ao defender a supergerente Dilma Rousseff no caso da compra da refinaria de Pasadena, confundindo honestidade intelectual com incompetência.

Supergerente de araque

“Recebi informações incompletas de um parecer técnico e juridicamente falho”.

Dilma Rousseff, ao justificar por que votou a favor da compra de 50% da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), negócio que gerou um prejuízo de US$ 1 bilhão à Petrobras, explicando que a supergerente de país, vista de perto, é só um poste que Lula instalou no Palácio do Planalto para escurecer o Brasil.

Neurônio desorientado

“Aqui no estado do Ceará. Não, no estado do Pará. Desculpa, gente. É que fui pro Ceará, tá? Ontem eu tava no Ceará. Aqui eu não falei uma coisa. Ah, não, falei sim, né?”

Dilma Rousseff, durante um discurso em Belém, no Pará, confirmando que o neurônio solitário, quando se movimenta, precisa de pelo menos dois dias para descobrir onde está.

Neurônio modal

“Porque qual é o objetivo de você ficar integrando modal? Não é porque acha moderno. É moderno. Mas não é só por isso. Não é porque é correto, é por isso, mas não é só por isso. É, sobretudo, porque se você integrar o rodo, o fluvial, o trilho, quando houver o trilho, você obtém a possibilidade de ter um bilhete único”.

Dilma Rousseff, em Belém do Pará, internada por Celso Arnaldo ao dissertar sobre mobilidade urbana com a linguagem modal que integra despreparo, desinformação e falta de estudo ─ seu bilhete único para a Presidência.

Neurônio segregado

“Vamos dar prioridade a segregar a via de transporte. Segregar via de transportes significa o seguinte: ou você faz metrô, porque o metrô… porque o metrô, segregar é o seguinte, não pode ninguém cruzar rua, ninguém pode cruzar a rua, não pode ter sinal de trânsito, é essa a ideia do metrô. Ele vai por baixo, ou ele vai pela superfície, que é o VLT, que é um veículo leve sobre trilho. Ele vai por cima, ele para de estação em estação, não tem travessia e não tem sinal de transito, essa é a ideia do sistema de trilho”.

Dilma Rousseff, em anúncio de investimentos em mobilidade urbana, em Belém do Pará, internada por Celso Arnaldo ao descobrir que metrô não faz cruzamentos e instituir o apartheid no sistema de transportes públicos do país.

Deu bode no neurônio

“Os bodes, eu não lembro qual é o nome, mas teve um prefeito… teve o prefeito de Tejuçuoca e me disse assim: ‘eu sou o prefeito da região produtora da terra do bode’. Então, é para que o bode sobreviva que nós vamos ter de fazer também um Plano Safra que atenda os bodes que são importantíssimos e fazem parte de toda tradição produtiva de muitas das regiões dos pequenos municípios aqui do estado”.

Dilma Rousseff, em cerimônia de entrega de máquinas para municípios do Ceará, internada por Celso Arnaldo ao discorrer em dilmês agreste sobre as vantagens de colocar o bode na sala.

Neurônio pluviométrico

“Comemorando o Dia de São José, protetor do Ceará, que ele também proteja o resto do Brasil, que é tão grande. De um lado, chove muito, como é o caso de Rondônia e Acre. E, do outro lado, chove pouco, como é o caso do Sudeste e do Centro-Oeste. Então, eu queria dizer isto: que São José nos dê uma mãozinha”.

Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, durante discurseira no Ceará, pedindo a São José que crie uma chuva só para o Brasil inteiro.

Aula magna

“Estou pedindo um presente de aniversário: a aprovação do Marco Civil com a neutralidade”.

Ideli Salvatti, ministra de Relações Institucionais, dando uma aula de como se faz articulação política.

Neurônio indigente

“Aqueles que não dão importância às pessoas terem casa própria é porque nasceram em berço esplêndido. Aqueles que não valorizam um cartão do Minha Vida Melhor é porque nunca tiveram de ralar, de trabalhar de sol a sol para comprar uma televisão, uma geladeira, uma cama, um colchão”.

Dilma Rousseff, ao ser recebida com vaias no Tocantins no comício que festejou a entrega de um lote do programa Minha Casa, Minha Vida, sem que alguém na plateia lhe perguntasse se a presidente também nasceu numa manjedoura e por que Lula não sabe o que é um emprego fixo desde 1974.

21 de março de 2014
in Augusto Nunes

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