Caros amigos: Para os brasileiros que não pactuam com a esquerda radical, gramscista, oportunista ou caviar, e não aceitam passivamente a transformação do Brasil em uma decadente república socialista bolivariana, o primeiro e mais decisivo passo em direção à reversão deste quadro é o fortalecimento dos laços de confiança e de cumplicidade que historicamente os unem às Forças Armadas, particularmente ao Exército Brasileiro. É acreditar na história e na formação liberal, democrática e patriótica dos militares.
Não há como, nem por que, duvidar dessas premissas.
Hostilizar ou tentar dividir o Exército, duvidando ou pondo em dúvida a competência, a coragem ou o comprometimento dos seus chefes, é conduta destrutiva, é falta de objetividade, é trabalhar pelo adversário e desconsideração com a história, porquanto não há registro de revolução, movimento ou revolta de cunho político, ideológico, separatista ou messiânico que tenha sido capaz de vencê-lo ou de lograr êxito sem estar aliado a ele.
Em 35, os comunistas acreditaram que, de dentro, o dividiriam e o dominariam. Fracassaram e seus crimes de traição e covardia mais provaram a necessidade da união, da vigilância, do fortalecimento da hierarquia e da disciplina e do acompanhamento da ordem interna.
Jango, em 64, acreditou na eficácia de um "dispositivo militar" e na desmoralização dos princípios da hierarquia e da disciplina, tendo como objetivo a divisão e o enfraquecimento das Forças. Fracassou, abandonou o cargo e foi deposto.
Na quadra seguinte da história, a esquerda radical, frustrada pelo contra golpe, imaginou que poderia derrotar os soldados com ações terroristas praticadas por quadros treinados em Cuba, na China, na Argélia ou na Albânia. Fracassou vergonhosamente.
Esta é uma incursão histórica que não carece de maior aprofundamento para que se chegue à conclusão de que o papel a ser desempenhado pelos brasileiros que querem ver a Pátria definitivamente livre desta ameaça, passa ao largo da hostilidade aos seus maiores e melhores aliados e deve focar-se, principalmente, na abertura dos olhos dos iludidos, nas denúncias dos malfeitos e atos de corrupção ativa e passiva, na contraposição às inverdades que visam a enfraquecer a confiança da Nação em seus soldados, nas demonstrações e manifestações veementes, ordeiras e incontestáveis, de repúdio ao caminho que nos está sendo imposto pelo Foro de São Paulo.
Somente ações e atitudes construtivas poderão contribuir para a formação da massa de esclarecidos e indignados que, mais uma vez, dará legitimidade e poder a uma eventual intervenção militar, caso esta se torne necessária para fazer valer a vontade nacional, a lei, a ordem e o respeito aos pressupostos básicos da nacionalidade, claramente explicitados na Constituição Federal.
Quaisquer atitudes ou movimentos que tenham por objetivo fazer acreditar em uma "revolução" feita à revelia dos soldados, sem a liderança ou o respaldo do poder militar, não passa de bravata, de fanfarronice fadada ao fracasso e ao enfraquecimento dos princípios liberais e democráticos que nos motivam a fazer oposição a um governo corrupto que diariamente nos rouba e que conspira sem pudor contra a nossa liberdade de ter, pensar, agir, produzir, falar e decidir como homens e mulheres verdadeiramente dignos de serem chamados de "Filhos do Brasil"!
02 de fevereiro de 2014
Paulo Chagas é General de Brigada na Reserva.
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