O dilema escatológico do Brasil Capimunista
Depois do beijinho histórico do Félix no Carneirinho, na novela "Amor á vida"...
O PT vai perder a eleição. O Brasil já está perdido. Quem vencer a eleição (Aécio Neves, Eduardo Campos ou o Sobrenatural de Almeida) tende a seguir o mesmo modelo político e econômico. Portanto, das urnas eletrônicas de 2014, dificilmente sairá alguma mudança positiva. Comemorar o mero afundamento do PTitanic é o mesmo que aplaudir a bandinha de música dentro do navio que mergulha nas profundezas do inferno.
Vários icebergs contribuirão, simultaneamente, para afundar o PTitanic. A má gestão das contas públicas, o alto déficit nominal do País, a cada vez mais alta carga tributária, a inflação gerada pela subida dos preços fora do controle oficial, o inesperado apagão energético e os efeitos psicossociais negativos, gerados por tantos problemas combinados, vão esmagar Dilma – mesmo que ela vença a eleição, pela via da ignorância e da fraude eleitoral.
A conjuntura joga contra o PT. A Oligarquia Financeira Transnacional não lhe dá mais sustentação e nem apoio. Investidores fogem do Brasil por inteira falta de confiança no governo. A própria base aliada tende a implodir pela mesma desconfiança. A falsa união estável com o PMDB caminha para um divórcio litigioso. Se não houver uma separação violenta, com certeza ocorrerá uma fatal traição cometida por ambas as partes. Sem apoio consistente, Dilma perde a eleição, provavelmente no segundo turno.
A maioria petista tenta fingir que não enxerga o negativo cenário realista. Prefere agir como um bando fanático, fundamentalista e radicalóide. A maior parte deles age por ignorância. Outro tanto se move por esquizofrenia. Uma boa quantidade de seguidores é motivada pelo pragmatismo cínico. Ganha alguma coisa do governo (favor ou cargo) e o segue até o inferno. A oligarquia partidária – poderosa minoria que se locupleta no poder – fará o diabo para continuar numa boa. A massa ignara de militantes, que obedece cegamente aos meliantes petralhas, promoverá a batalha nada santa de 2014.
A guerra já começou. Mas a batalha se intensifica a partir de agora. A estratégia petista está evidente. Tem US$ 2 bilhões de dólares para torrar na campanha. Claro, de preferência, gastando o dinheiro dentro do sistema empresarial petralha. Tudo para enriquecer ainda mais os líderes partidários e distribuindo uma gorda migalha para militantes em ascensão ao estrelato petista. Mensalões não faltarão. Serão socializados com quem fizer parte da “elite” que toma as decisões da aparelhada máquina governamental-partidária.
O teatro de operações eleitoral será virtual. Os petralhas querem se tornar hegemônicos no espaço da internet – onde mais apanham feio. Os “generais” Franklin Martins e João Santana pretendem usar sua mais perigosa arma ofensiva: Luiz Inácio Lula da Silva. Sem a mesma mobilidade e a voz forte do passado, o Presidentro vai cair dentro das redes sociais. Sua imagem endeusada, via Youtube, vai liderar a militância. Até a velha barba (agora branquinha) foi resgatada para o espetáculo de guerra midiática. Ele vai alternar e combinar o “Lulinha paz e amor” com o “Lula bateu-levou”.
A visão petralha, obliterada pela sede de poder, vaidade, corrupção ou fanatismo político, não consegue enxergar o óbvio ululante. A principal arma do PT é, ao mesmo tempo, sua principal fragilidade. Os marketeiros petistas apostam que o cinismo defensivo, ignorando ataques negativos e partindo para a verborragia ofensiva, pode neutralizar a fraqueza. Pelo que o chefão Lula sinalizou no primeiro ensaio de batalha virtual, a ordem é desqualificar os inimigos e processá-los, judicialmente, por calúnia, injúria e difamação. Tudo contando com a providencial aparelhagem feita, ao longo de anos de poder, na máquina do Ministério Público e da Justiça.
Fora do campo virtual, o PT promoverá a costumeira guerrilha psicossocial. A militância vai para as ruas responder aos ataques que virão do livre espaço público. No entanto, o elemento marginal do sistema do crime organizado vai neutralizar e superar a previsível bronca dos cidadãos, antes, durante e depois da Copa do Mundo. A vitória ou não da seleção brasileira pode abafar ou amplificar o clima de radicalização e o nível de deslealdade da guerra político-ideológica.
Bandidos profissionais farão o serviço sujo. Assaltos, latrocínios, sequestros relâmpagos, rebeliões em prisões, incêndios em ônibus, greves providenciais e ameaças diretas a inimigos ou adversários vão se intensificar. A violência, o medo e o terror serão a arma oculta da petralhada para desmobilizar a “oposição” (crescente, porém ainda inorgânica e sem liderança e projetos alternativos de poder claramente definidos). Trata-se de uma guerra assimétrica. O cidadão de bem tem poder de reação dificultado legal e institucionalmente contra o poderio dos mafiosos.
O Alerta Total repete pela décima terceira vez: O cenário para os próximos meses é de racionamento energético, instabilidade econômica, aumento especulativo de preços, radicalização política e cada vez mais corrupção – sem que o Judiciário demonstra capacidade prática de contê-la. No Brasil da impunidade – ou da punição para inglês ver, como o processo do mensalão -, o crime compensa cada vez mais.
A petralhada não tem competência para reverter os principais problemas estruturais do Brasil. E nem está preocupada com isto. Seu alvo é a manutenção e ampliação do espaço de poder. Para tal fim, tem imensa capacidade de continuar promovendo a inversão de valores que destrói, devagarzinho, as bases da sociedade brasileira, para a implantação de uma “nova ordem”.
No modelo em que está histórica, política e economicamente “estruturado”, o Brasil é inviável. Sem Projeto de Nação, com uma federação de mentira, dependente de um poder centralizado, continuaremos sendo a velha e rica colônia de exploração mantida artificialmente na miséria pelos poderes globalitários que deixamos nos controlar. Tal modelo é perfeito para a governança do crime organizado.
Cada cidadão de bem, que faz parte do segmento esclarecido da sociedade, precisa saber como toca a banda do PTitanic. Não existem botes salva vidas suficientes para todos. Quem não quiser reagir, aprendendo a nadar ou flutuar, dificilmente sobreviverá. O negócio é meio neodarwiniano... Quem não tiver capacidade de se adaptar, para resistir e superar as adversidades, vai perecer no meio do caminho.
O PTitanic vai afundar, sem dúvida. Resta saber o que restará boiando do naufrágio. Cidadãos de bem, dispostos a construir um Brasil de verdade? Ou um monte de merda que só vai agravar a poluição do cenário político e econômico?
Eis o dilema escatológico do Brasil Capimunista que precisa ser resolvido urgentemente.
Pague-se
Obra do Abreu
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
02 de fevereiro de 2014Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
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