"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CHINA: 2 MILHÕES DE CENSORES DA INTERNET


          Internacional - China 
Uma mensagem indesejada publicada na internet chinesa pode levar apenas cinco minutos para ser deletada, e, no máximo, 24 horas.

A China tem dois milhões de pessoas vigiando a internet, contingente maior que o das Forças Armadas do país, informou a Folha de São Paulo. O número foi divulgado pelo jornal estatal Beijing News.

Ele oferece uma rara pista para dimensionar o exército secreto usado pelo governo para controlar e censurar a rede dentro do país e no exterior.

Descritos pelo jornal como “analistas de opinião”, os vigilantes da rede são empregados pelo Estado e por empresas comerciais para filtrar o que é publicado em sites, blogs e microblogs, como o popular Sina Weibo, a versão chinesa do Twitter, com milhões de assinantes.

Com a imprensa sob controle total do Estado, a internet transformou-se num dos raros canais para os chineses criticarem o governo.

Além disso, blogs têm sido usados com frequência para revelar ações impróprias ou ilegais de autoridades.
A reportagem do Beijing News também dá uma idéia de como trabalham os “analistas de opinião”.
Sem especificar onde eles atuam, embora na rede já muitos foram apontados, o jornal cita o caso de Tang Xiaotao, contratado há menos de seis meses.

“Ele passa o dia na frente do computador e, por meio de um aplicativo, vigia as palavras escolhidas pelos clientes”, diz o relato.

“Em seguida, monitora opiniões negativas relativas aos clientes e faz relatórios”.
Em um estudo feito no início do ano, dois cientistas da computação norte-americanos, Jed Crandall e Dan Wallach, concluíram que uma mensagem indesejada publicada na internet chinesa pode levar apenas cinco minutos para ser deletada, e, no máximo, 24 horas.

Enquanto isso, o Partido Comunista chinês anuncia mais medidas liberalizantes da ditadura.
Para “inglês ver”, é claro.

18 de dezembro de 2013
Luis Dufaur
 
 

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