"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

CONGRESSO APROVA MAIS R$ 4,2 BILHÕES EM CRÉDITOS PARA O GOVERNO GASTAR

Liberação de gastos vem em um momento em que o discurso do Palácio do Planalto é de austeridade para pagamento de juros

Presidente Dilma Rousseff
A própria presidente foi enfática com aliados sobre a
necessidade de economizar (Fernando Bizerra Jr./EFE)
 
 
Sem muito alarde, nesta madrugada desta quinta-feira o Congresso Nacional aprovou dezenove projetos de lei que abrem créditos suplementares ou especiais para o Orçamento de 2013, em um total de 4,2 bilhões de reais. Deste total, 1,38 bilhão de reais, por exemplo, será destinado ao financiamento de projetos ligados à inovação, outros 942 milhões de reais à concessão de bolsas de apoio à educação básica e à capacitação de professores, 404 milhões irão para o Ministério da Defesa e 269 milhões para as correções do projeto da Ferrovia Norte-Sul, entre outros. 
 
Contudo, a liberação de mais recursos veio em um momento de muita tensão com relação ao cumprimento da meta de superávit primário, a economia feita pelo governo para pagar juros da dívida brasileira. Os últimos dias foram marcados por declarações de austeridade de governistas e da própria presidente Dilma Rousseff, que pretendiam reforçar o compromisso do governo com o chamado "pacto fiscal". Isso porque há ameaças das agências de classificação de risco de rebaixamento da nota de crédito do Brasil, caso as contas públicas fechem o ano muito deterioradas.
 
O problema principal é que o Palácio do Planalto se mobilizou em peso nesta semana para aprovar o Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 1/13, que muda a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013, e contém uma importante mudança relacionada à política fiscal do país: ela prevê que o governo federal perca a obrigatoriedade de arcar com o superávit primário de estados e municípios, caso eles não consigam cumprir suas metas. 

O governo havia se comprometido a compensar até 10 bilhões de reais da parcela não cumprida pelos demais entes da federação, obrigação da qual agora está isento. A ordem de Dilma foi clara a seus aliados: menos gastos e aumento de receita. 
 
Até a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sugeriu, em seu último relatório, que o país melhore a gestão de suas contas públicas em seu último relatório.

O resultado fiscal tem decepcionado: em setembro, as contas tiveram déficit de 9 bilhões de reais, muito acima do esperado pelo mercado. O superávit é formado pelo montante economizado pelo governo central (Banco Central, Previdência e Tesouro Nacional), pelas estatais e por estados e municípios. Quando uma das partes não economiza o suficiente, a União cobre o rombo. 
Todos os projetos serão enviados à sanção presidencial, de acordo com o site da Câmara dos Deputados.

21 de novembro de 2013
Veja

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