Foi com muito pouca convicção que dei meu voto a Sérgio Cabral, mas dei. Aliás, foi por eliminação, pois dos outros candidatos não se ouve falar, a não ser de suas ausências, da falta de projetos, de nepotismo e outros deméritos.
Sérgio, pelo menos tentou moralizar a Assembléia Legislativa, conseguindo alguma coisa nesse sentido. Mas, qual foi minha decepção ao abrir o jornal hoje, dez dias após as eleições, e tomar conhecimento de seu apoio à candidatura de Garotinho.
Essa aliança foge a qualquer tipo de raciocínio lógico que se possa fazer, só podendo ser explicada, mas não justificada, por vingança contra César Maia, motivada pela troca de ofensas entre os dois nas últimas eleições para a disputa da Prefeitura.
O deputado se esquece que boa parte de seu eleitorado, pelo menos os que têm algum critério político, votou PSDB, seu partido, e portanto contra o PDT de Garotinho, que tanto mal fez ao Rio de Janeiro nas duas gestões de Brizola.
Sem falar no PT de Benedita que vem a reboque. Rancores por derrotas fazem parte de um perfil de políticos que todos gostariam de tirar de circulação.
Sérgio é vitorioso, teve 300.000 votos, mas tal atitude o faz ingressar no triste rol das minhas grandes decepções eleitorais com o agravante de ter sido o recordista em tempo: Dez dias após as eleições é dose!
05 de outubro de 2013
Ricardo Froes
Rio, 14 de Outubro de 1998P.S.: Sergio era candidato a deputado estadual.
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