Lula: proposta de Constituição do PT tornaria o Brasil ‘ingovernável’. Ex-presidente destaca participação popular e os direitos sociais presentes na Carta Magna. Termo ‘ingovernável’ também foi utilizado pelo então presidente José Sarney em 1988 pouco antes de a Constituição ser promulgada
Depois de votar contra o texto final da Constituição de 1988, o ex-presidente Lula afirmou, nesta terça-feira, que, se a proposta do PT tivesse sido aprovada, o Brasil seria "ingovernável". Ele ressaltou a participação popular na Assembleia Nacional Constituinte e saudou principalmente os direitos sociais presentes na Carta Magna.
- Se a nossa Constituição fosse aprovada, o país seria ingovernável, porque nós eramos duros na queda e muito exigentes. Votamos contra porque queríamos algo mais radical, que não foi possível porque só tínhamos 16 deputados - disse Lula em evento comemorativo dos 25 anos da Constituição, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Durante a cerimônia de celebração dos 25 anos da Constituição, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) fez uma autocrítica. Ele reconheceu que como presidente da República na época da promulgação da Constituição, fez várias criticas a pontos do texto que dificultavam a governabilidade. Mas ressaltou os avanços sociais do texto.
- Eu critiquei algumas partes da Constituição. Mas reconheço que no capítulo dos direitos sociais, dos direitos humanos e dos diretos individuais, ela é irrepreensível – disse Sarney.
Já Lula fez uma referencia às declarações de Sarney, e citou uma frase de Ulysses Guimarães para rebater as criticas da época de que a constituição tornaria o país ingovernável.
- Ulysses respondia: a governabilidade está no social. A fome, a miséria e a doença não assistida, essas sim são ingovernáveis – disse Lula
Ao final da cerimonia, Lula assinou a proposta de iniciativa popular da OAB, sobre eleições limpas. A intenção da OAB é coletar 2 milhões de assinaturas para apresentar um projeto de lei. O presidente da OAB, Marcos Vinicius Furtado, comemorou o fato de Lula ter assinado o projeto e disse que a reforma política é urgente.
- Para nós, a Constituição não é um texto perfeito. Precisa ser adaptada ao momento atual. Uma reforma política é necessária – disse.
02 de outubro de 2013
Depois de votar contra o texto final da Constituição de 1988, o ex-presidente Lula afirmou, nesta terça-feira, que, se a proposta do PT tivesse sido aprovada, o Brasil seria "ingovernável". Ele ressaltou a participação popular na Assembleia Nacional Constituinte e saudou principalmente os direitos sociais presentes na Carta Magna.
- Se a nossa Constituição fosse aprovada, o país seria ingovernável, porque nós eramos duros na queda e muito exigentes. Votamos contra porque queríamos algo mais radical, que não foi possível porque só tínhamos 16 deputados - disse Lula em evento comemorativo dos 25 anos da Constituição, na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Lula citou, como propostas do PT derrotadas na Constituinte, a reforma agrária e o imposto sobre fortunas. O termo "ingovernável" já foi utilizado pelo então presidente José Sarney (PMDB-AP) para se referir à Constituição de 1988, devido aos direitos sociais incluídos no texto. Sarney também estava presente no evento desta terça-feira.
Durante a cerimônia de celebração dos 25 anos da Constituição, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) fez uma autocrítica. Ele reconheceu que como presidente da República na época da promulgação da Constituição, fez várias criticas a pontos do texto que dificultavam a governabilidade. Mas ressaltou os avanços sociais do texto.
- Eu critiquei algumas partes da Constituição. Mas reconheço que no capítulo dos direitos sociais, dos direitos humanos e dos diretos individuais, ela é irrepreensível – disse Sarney.
Já Lula fez uma referencia às declarações de Sarney, e citou uma frase de Ulysses Guimarães para rebater as criticas da época de que a constituição tornaria o país ingovernável.
- Ulysses respondia: a governabilidade está no social. A fome, a miséria e a doença não assistida, essas sim são ingovernáveis – disse Lula
Ao final da cerimonia, Lula assinou a proposta de iniciativa popular da OAB, sobre eleições limpas. A intenção da OAB é coletar 2 milhões de assinaturas para apresentar um projeto de lei. O presidente da OAB, Marcos Vinicius Furtado, comemorou o fato de Lula ter assinado o projeto e disse que a reforma política é urgente.
- Para nós, a Constituição não é um texto perfeito. Precisa ser adaptada ao momento atual. Uma reforma política é necessária – disse.
02 de outubro de 2013
Fernanda Krakovics e Cristiane Jungblut - O Globo
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