Parafraseando Marcelo Mansfield: A gente chora por onde sente saudade! Saudade pela luta da liberdade de expressão, mas “essa tal liberdade” (não a letra de pagode) desvirtuou todo o clima de intensidade pelo direito de dar uma opinião ou mostrar algo ao mundo.
O cuidadismo pela fobia de ofender alguém só é praticando em razões exponenciais de crítica aguda à governaça. Não se observa esse mesmo papel em relação ao estupro mental de conteúdo fornecido pelas grandes mídias em forma de entretenimento que objetiva não só o funcionalismo financeiro, mas a ressurreição de uma pseudo idade média.
Censura é uma necessidade de fato, o que regimenta a ética e determina o limite daquilo que pode evitar catástrofes sociais. No entanto a censura em que vivemos visa apenas interpretar um lado da história. A censura deveria demarcar os limites do certo e do errado para quem manda e para quem obedece.
Dessa forma, a censura necessita de “sensura”, um neologismo que indica sensatez, sentido, em inglês sense; e que em bom português se interpreta como noção.
O trocadilho é péssimo, mas a nossa nação precisa de noção!
A liberdade de expressão é necessária, e a “sensura” entenderia esse conceito. No entanto, a falta de cultura que enraíza o Brasil, deturpa tal interpretação e recupera uma velha máxima do Império Romano utilizada para gerar opacidade integral ao real conhecimento: “circo ao povo”.
Um circo em que: o mágico anda na corda bamba, o mestre de cerimônias é a mulher barbada, os animais são soltos e indomáveis e a plateia está cheia de palhaços choramingando.
02 de outubro de 2013
Fabrizio Albuja é Jornalista e Professor Universitário.
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