"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

ESTATAIS CHINESAS PODEM TER QUE SE UNIR EM UM SÓ CONSÓRCIO NO PRÉ-SAL

ANP estuda caso da Sinopec, sócia de espanhola e portuguesa

A Agência Nacional do Petróleo está avaliando se a Sinopec, uma das três chinesas que se inscreveram para o leilão do pré-sal previsto para 21 de outubro, poderá participar da disputa em um consórcio separado das outras duas estatais chinesas inscritas, CNPC e Cnooc.
 
Essas duas, pelo edital, não podem participar de consórcios diferentes. O objetivo é evitar que o controlador, no caso o governo chinês, tenha informações privilegiadas sobre os outros consórcios.
 
Ontem, a agência reguladora habilitou as 11 empresas que se inscreveram para o primeiro leilão sob o regime de partilha.
 
Além das três chinesas, elas são a indiana ONGC, a colombiana Ecopetrol, a japonesa Mitsui, a portuguesa Petrogal, a Petrobras, a malaia Petronas, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total.
 
A Sinopec se inscreveu em parceria com a Repsol, com a qual já tem sociedade no setor. A chinesa, porém, também tem 30% da Petrogal.
 
A expectativa é que as empresas chinesas se associem à Petrobras. A presidente da estatal brasileira, Graça Foster, viajou à China no fim de agosto para conhecer os possíveis parceiros.
 
Com o caixa enfraquecido pela defasagem dos preços dos combustíveis, a Petrobras teria dificuldade de aumentar a sua participação. Ela já tem obrigatoriamente 30%.
 
O bônus que terá que ser pago pelo vencedor do campo, na bacia de Campos, é de R$ 15 bilhões. Se ficar com a fatia mínima de 30%, a Petrobras teria que desembolsar R$ 4,5 bilhões.
 
Com um parceiro chinês capitalizado, a expectativa do mercado é que o sócio banque a parte da Petrobras, recebendo posteriormente o pagamento em petróleo.
 
Se houver a restrição à participação da Sinopec em consórcio separado, a Petrogal e a Repsol Sinopec teriam que se unir à CNPC e Cnooc. Com a parceria com a Petrobras, o consórcio já bateria o limite máximo de cinco participantes. 
 
02 de outubro de 2013
(DENISE LUNA)
Folha de São Paulo

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