Dirigentes de seis partidos de oposição e representantes de grupos de extrema esquerda se reuniram, nesta segunda-feira (10), para traçar estratégias contra a Lava Jato e a favor da liberdade de Lula.
A oposição ao governo Jair Bolsonaro declarou que pretende obstruir todas as votações no Congresso Nacional depois do vazamento de supostas conversas do ministro da Justiça Sergio Moro com procuradores da Lava Jato.
Líderes de partidos esquerdistas — PT, PC do B e PSOL — pediram, nesta segunda-feira (10), o afastamento de Moro do cargo e aventaram a possibilidade de criação de CPI para investigar o caso revelado pelo site The Intercept.
Além disso, parlamentares devem apresentar requerimento de convocação para que o ministro tenha que dar explicações à Câmara dos Deputados.
Bolsonaro tem reforçado a importância da aprovação de um projeto de crédito suplementar em sessão do Congresso marcada para esta terça-feira (11), mas a oposição promete obstruir qualquer votação.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, reunidos nesta segunda em São Paulo, dirigentes de seis partidos de oposição e representantes de grupos de extrema esquerda definiram os próximos passos após a divulgação das reportagens com mensagens vazadas.
Presente à reunião, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, defendeu o pedido de anulação da condenação de Lula da Silva e a expulsão de Moro do Ministério da Justiça.
Coordenador do MST, João Paulo Rodrigues, deixou claro que quer “o Lula solto imediatamente”.
Mesmo com dúvidas sobre a estratégia ideal, incluindo o apoio à instalação de uma CPI sobre o caso, participantes da reunião avaliaram que esse é o melhor cenário encontrado pela oposição desde a eleição de Bolsonaro.
“É evidente que amplia a instabilidade do governo e coloca em dúvida a credibilidade do trabalho dos procuradores de Curitiba”, afirma o presidente do PSOL, Juliano Medeiros.
11 de junho de 2019
renova mídia
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