Se nada muda de repente, muito menos a maneira de ser de uma sociedade, fatos que vêm acontecendo em nosso país provam que, de fato, a glória do mundo passa.
Afinal, quem podia imaginar que haveria o impeachment de Dilma Rousseff? Mais espantoso ainda, a prisão de Lula da Silva? Quem se arriscaria na recente campanha eleitoral acreditar que o preposto do presidiário perderia a eleição presidencial para Jair Messias Bolsonaro, um candidato sem dinheiro, sem TV, sem coligações, ancorado por um partido minúsculo, esfaqueado por um assassino de aluguel que quase deu cabo de sua vida?
Além disso, todos os candidatos combatiam o adversário do PSL. Um deles, Geraldo Alckmin (PSDB), que tinha mais recursos financeiros, mais coligações, mais tempo de TV, discursava: votem em mim porque se Bolsonaro chegar ao segundo turno com o PT este partido vai ganhar.
Nem os analistas nem a mídia se deram conta de que existiu nessa eleição o que chamei de Quinto Poder, ou seja, as redes sociais.
Inconformada, querendo moldar a realidade a suas ânsias de poder, uma oposição encarniçada continuou a se abater sobre o vitorioso no período de transição.
Uma vez empossado, a oposição raivosa parece dizer ao presidente: “você tem o direito de ficar calado porque tudo que disser poderá ser usado contra você”.
Mesmo a cirurgia, complicada e dolorosa, consequência da facada, não escapou ao ódio. Como representante da esquerda um deputado do PSOL, mesmo partido do matador de aluguel, avisou que Bolsonaro estava morrendo. Sem dúvida, um agouro que ele expressava pelos companheiros, mas que felizmente não passou de mentira.
Todavia, as mudanças seguem seu curso e coisas antes inimagináveis continuam ocorrendo. Vejamos algumas bem marcantes:
O poderoso senador Renan Calheiros não conseguiu se reeleger presidente do Senado, mesmo com ajuda do presidente do STF, Dias Toffoli, que destoando da tradicional demora em julgar da entidade suprema da Justiça, em plena madrugada ordenou ao Senado que a eleição fosse por voto secreto, conforme a Constituição nem sempre seguida pelos mais altos magistrados.
Lula da Silva é condenado novamente na Lava Jato a mais 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro na ação que investigou a reforma do sítio Santa Bárbara em Atibaia. E esse é só o segundo de outros processos.
“Uma investigação da Receita Federal que aponta suspeita de ‘corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência’ do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes será alvo da Corregedoria do Fisco. O procedimento aberto no ano passado, também investiga a advogada Guiomar Feitosa, mulher do ministro”. (O Estado de S. Paulo – A10, 09/02/2019).
O ministro Gilmar Mendes tem se notabilizado em soltar bandidos que os juízes prendem. Naturalmente, ele já começou a se defender e disse que “a Receita Federal” não pode virar uma Gestapo.
Entretanto, o Supremo, antes um Poder respeitado, atualmente tem sofrido repúdio da sociedade por suas ações e omissões.
Tudo isso faz lembrar que "sic transit gloria mundi", a glória do mundo passa. Afinal, impermanência é a marca de quem vive e os pêndulos da existência oscilam sempre para cima e para baixo.
12 de fevereiro de 2019
Maria Lúcia Victor barbosa
Afinal, quem podia imaginar que haveria o impeachment de Dilma Rousseff? Mais espantoso ainda, a prisão de Lula da Silva? Quem se arriscaria na recente campanha eleitoral acreditar que o preposto do presidiário perderia a eleição presidencial para Jair Messias Bolsonaro, um candidato sem dinheiro, sem TV, sem coligações, ancorado por um partido minúsculo, esfaqueado por um assassino de aluguel que quase deu cabo de sua vida?
Durante a campanha analistas políticos faziam pose de intelectual, cara de inteligente e sentenciavam que não haveria a menor chance de Bolsonaro ganhar.
Jornalistas se multiplicavam na mídia e confirmavam: ele não ganha.
Pesquisas que bateram recordes de erros mostravam resultados nos quais Bolsonaro perderia de todos os candidatos se conseguisse chegar ao segundo turno.
Além disso, todos os candidatos combatiam o adversário do PSL. Um deles, Geraldo Alckmin (PSDB), que tinha mais recursos financeiros, mais coligações, mais tempo de TV, discursava: votem em mim porque se Bolsonaro chegar ao segundo turno com o PT este partido vai ganhar.
Alckmin parecia esquecido de sua campanha anterior na qual, ajoelhado aos pés do PT que duramente o hostilizava, perdeu para o ídolo dos tucanos, Lula da Silva.
Nem os analistas nem a mídia se deram conta de que existiu nessa eleição o que chamei de Quinto Poder, ou seja, as redes sociais.
Assim, a despeito dos enfatuados palpiteiros, Bolsonaro foi eleito com quase 58 milhões de votos.
A glória do mundo estava passando para muitos, principalmente para o ex-poderoso e atual presidiário, Lula da Silva, que arrastava consigo seu partido para a inglória derrota.
Inconformada, querendo moldar a realidade a suas ânsias de poder, uma oposição encarniçada continuou a se abater sobre o vitorioso no período de transição.
Cobrava-se dele a reforma da Previdência, algo que nenhum governo anterior fez. Ridicularizava-se os desencontros da equipe, situação normal de ajuste e também existente com outros eleitos que foram respeitosamente poupados.
Nem a posse escapou do inconformismo dos vencidos.
Houve desdém de alguns diante do brilhantismo da primeira-dama, Michelle, que discursou no parlatório usando a linguagem de libras para o delírio da multidão que aplaudiu entusiasticamente.
Uma vez empossado, a oposição raivosa parece dizer ao presidente: “você tem o direito de ficar calado porque tudo que disser poderá ser usado contra você”.
E assim tem sido. Nada que o presidente Bolsonaro diga ou faça é aceito pela mídia e os autointitulados progressistas, que melhor seriam chamados de regressistas.
Mesmo a cirurgia, complicada e dolorosa, consequência da facada, não escapou ao ódio. Como representante da esquerda um deputado do PSOL, mesmo partido do matador de aluguel, avisou que Bolsonaro estava morrendo. Sem dúvida, um agouro que ele expressava pelos companheiros, mas que felizmente não passou de mentira.
Todavia, as mudanças seguem seu curso e coisas antes inimagináveis continuam ocorrendo. Vejamos algumas bem marcantes:
O poderoso senador Renan Calheiros não conseguiu se reeleger presidente do Senado, mesmo com ajuda do presidente do STF, Dias Toffoli, que destoando da tradicional demora em julgar da entidade suprema da Justiça, em plena madrugada ordenou ao Senado que a eleição fosse por voto secreto, conforme a Constituição nem sempre seguida pelos mais altos magistrados.
Não funcionou. O senador vai incomodar, mas como escreveu o jornalista Josias, “Renan agora está numa caixa de fósforo”. Comanda o Senado e, portanto, o Congresso, Davi Alcolumbre. A Câmara é presidida por Rodrigo Maia. Ponto para o presidente Bolsonaro.
Lula da Silva é condenado novamente na Lava Jato a mais 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro na ação que investigou a reforma do sítio Santa Bárbara em Atibaia. E esse é só o segundo de outros processos.
“Uma investigação da Receita Federal que aponta suspeita de ‘corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência’ do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes será alvo da Corregedoria do Fisco. O procedimento aberto no ano passado, também investiga a advogada Guiomar Feitosa, mulher do ministro”. (O Estado de S. Paulo – A10, 09/02/2019).
O ministro Gilmar Mendes tem se notabilizado em soltar bandidos que os juízes prendem. Naturalmente, ele já começou a se defender e disse que “a Receita Federal” não pode virar uma Gestapo.
Entretanto, o Supremo, antes um Poder respeitado, atualmente tem sofrido repúdio da sociedade por suas ações e omissões.
Tudo isso faz lembrar que "sic transit gloria mundi", a glória do mundo passa. Afinal, impermanência é a marca de quem vive e os pêndulos da existência oscilam sempre para cima e para baixo.
Maria Lúcia Victor barbosa
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