Em março de 2018, anos depois do rompimento da barragem da Samarco, moradores estavam intoxicados por níquel e muitos tinham níveis de arsênico no sangue acima do normal.
A maioria tinha problemas de pele e dificuldade para respirar. Esse foi o primeiro diagnóstico nesse sentido em uma população vítima da tragédia em Mariana.
Segundo matéria publicada pela BBC Brasil no domingo (10), parte dos que comprovadamente ainda estão contaminados recebe auxílio financeiro esporádico da Renova — fundação criada pela mineradora Samarco para tratar da reparação dos danos sociais e ambientais do rompimento da barragem — para comprar medicamentos e pagar consultas com um médico especialista.
Outros até hoje não recebem assistência por parte da fundação.
Todos eles, no entanto, não são reconhecidos como atingidos pelo desastre, mas como “atingidos indiretos”.
Na prática, a definição significa que eles têm margem menor para cobrar a Samarco por eventuais danos econômicos e à saúde física e mental causados pelo rompimento da barragem.
A Renova afirma que “como não há, até o momento, comprovação de relação causal entre os resultados do estudo e o rompimento da barragem de Fundão, as pessoas são consideradas atingidas indiretas”.
As vítimas — que precisarão de acompanhamento médico pelo resto da vida — temem que a lentidão das ações tomadas para investigar a saúde no município dificulte a comprovação de um eventual nexo causal e que elas fiquem desamparadas.
12 de fevereiro de 2019
renova mídia
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