A ampla aliança de nove partidos em torno do candidato do PSDB à Presidência, GeraldoAlckmin, ainda não se converteu em apoios regionais no Nordeste. Alckmin esteve nesta quinta-feira em Petrolina, no sertão de Pernambuco, mas não contou com a presença do candidato do PTB ao governo, senador Armando Monteiro. A legenda, comandada pelo ex-deputado Roberto Jefferson, é uma das siglas que apoiam o tucano em nível nacional.
Na ausência do candidato a governador, que já declarou voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin teve de ser recebido pelos deputados Mendonça Filho (DEM-PE) e Bruno Araújo (PSDB-PE), ambos candidatos ao Senado na chapa de Armando. O candidato do PTB ao Palácio do Campo das Princesas já esteve com Alckmin no passado. Por enquanto, porém, declarou que vota em Lula, se ele for candidato, sem compromisso com o PT fora deste cenário. Armando até visitou Lula em Curitiba.
VELHO CHICO – Em Petrolina, o tucano esteve nas margens do rio São Francisco onde gravou cenas para a sua propaganda eleitoral. A agenda foi organizada pelo prefeito da cidade, Miguel Coelho, que é filho do senador e ex-ministro Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
— Nosso compromisso é primeiro com a salvação do São Francisco, um grande projeto para recuperar nascentes, matas ciliares, tratar esgoto em 115 municípios e o desassoreamento e depois ampliar os canais, adutoras, complementar as obras para ter mais área irrigada. Estamos falando de emprego direto, muito emprego na região. Promover o desenvolvimento da região — disse Alckmin.
A traição do candidato ao governo de Pernambuco não foi a primeira vivida pelo tucano. Alckmin já havia passado pelo constrangimento de não ter a presença de Eduardo Paes, que disputa o governo do Rio de Janeiro pelo DEM, num evento na capital fluminense na terça-feira.
PP COM LULA – O caso mais emblemático, no entanto, foi do presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que concorre novamente ao Senado e apareceu em caminhada em Teresina ao lado do petista Fernando Haddad, indicado a vice de Lula na chapa do PT. Presidente do partido de Ana Amélia Lemos, a vice de Alckmin, Ciro não se furtou em fazer o “L” de Lula com a mão durante a caminhada de campanha do governador Wellington Dias (PT).
O coordenador da campanha em nome do centrão, ACM Neto, diz que comportamentos como de Ciro Nogueira, presidente do PP, já eram esperados e que não são surpresa para a campanha. Prefeito de Salvador, ACM Neto, disse que não se pode usar o termo “traição”.
SEM SURPRESA – “Esses casos, como de Ciro Nogueira, já eram conhecidos e, portanto, não são nenhuma surpresa para a campanha — disse ACM Neto ao Globo.
A justificativa é de que o mais importante para Alckmin é ter a aliança que garanta, acima de tudo, o maior tempo da propaganda eleitoral. O tucano tem uma aliança dos seguintes partidos: PSDB, DEM, PP, PRB, PR, PTB, PPS, PSD e Solidariedade.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não há de faltar desculpas, mas a realidade é que se trata de um apoio fake, que vale, mas não vale muito. E se tempo de televisão vencesse eleição, Ulysses Guimarães teria sido eleito em 1989, mas quem venceu foi Fernando Collor, que era de um partido nanico, o PRN, hoje chamado de PTC. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não há de faltar desculpas, mas a realidade é que se trata de um apoio fake, que vale, mas não vale muito. E se tempo de televisão vencesse eleição, Ulysses Guimarães teria sido eleito em 1989, mas quem venceu foi Fernando Collor, que era de um partido nanico, o PRN, hoje chamado de PTC. (C.N.)
25 de agosto de 2018
Cristiane Jungblut
O Globo
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