"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 25 de agosto de 2018

PF INDICIA MANTEGA, PALOCCI E COUTINHO POR CORRUPÇÃO E PROPINAS NO BNDES

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Mantega mandou nomear Coutinho para “operar” o BNDES
A Polícia Federal indiciou sete pessoas, entre elas os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci, o empresário Joesley Batista, da JBS, e o ex-presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Luciano Coutinho, por operações ilícitas na instituição financeira.  Relatório final da Operação Bullish, com as conclusões sobre o caso, foi enviado nesta quinta-feira (23) à Justiça. Com base no documento, o MPF (Ministério Público Federal) decidirá se oferece denúncia contra os envolvidos.
Segundo o inquérito, os ex-ministros da Fazenda receberam propinas para viabilizar a compra de ações e a liberação de financiamentos às empresas da J&F, holding que controla a JBS. O objetivo era capitalizar o grupo em seu projeto de internacionalização.
GESTÃO COUTINHO – As operações superaram os R$ 10 bilhões em governos do PT e teriam provocado rombo de cerca de R$ 1 bilhão. Em sua delação premiada, Joesley disse que pagou subornos a um amigo a Mantega por meio de um de seus amigos, o empresário Victor Sandri, para conseguir operações no BNDES na gestão de Coutinho. O valor teria superado os R$ 100 milhões.
A Mantega, os investigadores atribuem crimes de gestão fraudulenta, formação de quadrilha, corrupção passiva e patrocínio de interesses privados na administração pública.
A PF sustenta que ele atuou como agente duplo, gerenciando projetos das empresas de Joesley e, ao mesmo tempo, implementando as políticas governamentais que viabilizaram esses projetos.
INCRIMINAÇÃO – Palocci recebeu R$ 2,5 milhões da JBS por meio de sua empresa de consultoria, a Projeto. Esse dinheiro, segundo a leitura dos investigadores, foi uma contrapartida para que ele intermediasse interesses da JBS no governo.
Ao ex-ministro, atualmente preso pela Lava Jato, os investigadores imputaram os delitos de corrupção passiva e lavagem. Joesley foi indiciado por gestão fraudulenta, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
De acordo com o relatório, Luciano Coutinho assumiu o BNDES para dar continuidade a um ciclo de pagamento de propinas inaugurado na gestão de Mantega. O documento ressalta que os aportes feitos pela instituição nas empresas da J&F eram muito superiores ao necessário para o projeto de internacionalização.
VÁRIOS CRIMES – O indiciamento de Luciano Coutinho é por gestão fraudulenta, corrupção passiva, formação de quadrilha e patrocínio de interesses privados na administração pública.
Os outros implicados são Victor Sandri (quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro), o ex-executivo do BNDES Caio Marcelo de Medeiros (gestão fraudulenta) e o empresário Gonçalo Ivens Ferraz (quadrilha, corrupção ativa e lavagem). A Folha não conseguiu contatar nesta quinta as defesas de Mantega, Palocci, Sandri e Ferraz.
A advogada de Caio Medeiros, Flavia Rahal, disse que só vai se pronunciar depois que tiver acesso ao relatório da PF.
“TOTAL SURPRESA” – O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho manifestou, em nota de sua assessoria, “total surpresa” em relação ao indiciamento. Ele reiterou que “todos os seus atos e procedimentos frente à administração pública sempre foram pautados pelo rigor de conduta, integridade, impessoalidade e respeito à lei”. Acrescentou que não teve acesso ao relatório da PF e que aguarda o desenrolar das investigações “com tranquilidade”.
A defesa de Joesley ressaltou que a investigação contou com a colaboração do empresário. “Além do conteúdo trazido no acordo firmado com o Ministério Público, o colaborador apresentou nesse inquérito detalhes de todos os fatos ilícitos dos quais tinha conhecimento”, afirmou, por escrito, o advogado André Callegari.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A “total surpresa” de Luciano Coutinho concorre à Piada do Ano. Foi ele quem aprovou todos os financiamentos do BNDES, sem garantias, aos “países amigos” do PT, por onde passou um festival de propinas que ainda precisa ser investigado. Até hoje o Brasil não tem um porto moderno para escoar suas exportações, mas o governo de Cuba ganhou de presente o porto de Mariel, com dinheiro do BNDES e a ser pago pelo programa “Mais Médico”. E Coutinho ainda se diz surpreso ao ser incriminado… (C.N.)


25 de agosto de 2018
Deu na Folha

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