"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

DE PROTESTAR



Irado com a churrascaria mais famosa de Porto alegre, um empresário conhecido me disse: "nunca mais ponho os pés lá!". Como eu, ele tinha ouvido na Guaíba (que às vezes parece a rádio estatal de Cuba) o petista Tarso Genro falar sem pudor em "descalabro da economia" e "candidaturas fascistas em 2018", para destacar-lhe tão-somente duas pérolas.

Parecia o "horário eleitoral gratuito". Com "descalabro da economia", ele atacou o governo do atrapalhadíssimo Michel Temer e, pasmem, apontou o ideário petista como solução. 
Só esqueceu que foi de Dilma Rousseff (PT) que Temer herdou mais de 14 milhões de desempregados e o país na mais grave recessão da história. 
Quem foi mesmo que provocou o "descalabro" (que bem devagar vai sendo revertido)?

E aquilo de "candidaturas fascistas", só ingênuos não perceberam para quem era a farpa. Querem exemplo de fascismo? De inumeráveis episódios, lembremos só um. 

Em 24/05/17, lulopetistas mascarados, munidos de bombas, pedras e coquetéis molotov atacaram a polícia em Brasília, tentaram pôr fogo na sede de ministérios e promoveram um quebra-quebra, depredando automóveis e outros equipamentos. 
E, num ato cheio de simbolismo, destruíram a biblioteca do Ministério da Cultura. 
Tem coisa mais parecida com o que faziam os "camisas negras" do fascismo italiano sob comando de Mussolini?

Pois é a turma do Tarso. Aliás, no livro "Assassinato de reputações – um crime de Estado" (Matrix), Romeu Tuma Junior revela como Tarso Genro, quando ministro, usava a máquina do Estado para fins fascistas.

Mas cada um diz o que quer. Só que fazê-lo num programa pretensamente jornalístico sem ser questionado é cabuloso! Se um político, no rádio ou na TV, desfruta de uma entrevista com o conforto da propaganda partidária, então jornalismo não há. E fato é que Juremir Machado e Taline Oppitz, os entrevistadores da Rádio Guaíba (alinhados com o lulopetismo), deram um mole ao entrevistado, ignorando as suas incongruências.

Mas a churrascaria como entra nessa história? 
Simples, junto com um conhecido plano de saúde e um montão de sindicatos, a mais badalada churrascaria de Porto Alegre patrocina os militantes da Guaíba. 
Daí é que vem a cólera daquele cidadão, que achou uma forma muito civilizada de protesto: rejeitar o serviço oferecido por quem patrocina vozes que atacam a democracia. 
Claro, petistas logo dirão que isso é "fascismo", enxergando sua própria índole nos outros - as camisas negras trocaram de cor, mas o modus operandi é o mesmo.

Consta que Lênin, líder dos bolcheviques, profetizou: 
"Os capitalistas vão nos vender a corda com que os enforcaremos." 

Passado um século, não aconteceu. Mas se dependesse de alguns empreendedores da capital gaúcha, já se teria dado o que pressagiou o pai do movimento revolucionário que ostenta o recorde absoluto de homicídios em toda a história.

14 de maio de 2018
Renato Sant’Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito

Nenhum comentário:

Postar um comentário