Lembrando Churchill, no mundo de hoje existem mentiras demais e, o pior de tudo, é que boa parte delas é verdadeira em suas intenções de causar desinformação
Em um País de claro viés autoritário, a inter-relação entre a verdade e a liberdade é crítica para a democracia. Lamentavelmente, o autoritarismo prevalece em todos os setores ideológicos do País, abrangendo desde os oligarcas aos pseudo-revolucionários incluindo as esquerdas raivosas e elegantes. Tudo justificado pelos interesses que os orientam.
Assim, em nome de posturas “do bem”, “politicamente corretas” ou adequadas aos interesses econômicos, políticos e partidários, podemos embargar debates e impor preconceitos. Os fins justificam os meios. A novidade está no fato de as redes sociais imprimirem um ritmo acelerado às notícias que circulam e influenciam o ambiente.
Hoje, distorcer os fatos e propagar fake news e fake interpretations faz parte do jogo do nosso tempo e verdades e mentiras passaram a ser injetadas na veia do grande público em doses gigantescas.
Lembrando Churchill, no mundo de hoje existem mentiras demais e, o pior de tudo, é que boa parte delas é verdadeira em suas intenções de causar desinformação. As mentiras sinceras estão em falta.
Já o autoritarismo tupiniquim não é novidade e suas vertentes remontam ao passado colonial, ao movimento tenentista e à influência marxista sobre a imprensa e a academia, entre outras que nos deixaram marcas profundas.
Em um ambiente autoritário, a liberdade é tolhida e, com isso, a busca pela verdade fica prejudicada. Não há monopólio de mídia. Mas temos uma espécie de monopólio das interpretações e quem não estiver seguindo a cartilha não terá seus argumentos acolhidos.
Cria-se uma situação em que se ouve o que se pode dizer e não o que deve ser dito. Ou de que se dizer aquilo que não o corre o risco de contrariar o senso comum.
Com sabedoria, o papa João XXIII pregou que “a paz entre os povos exige a verdade como fundamento, a justiça como norma, o amor como motor, a liberdade como clima”. Faltou apenas mencionar a tolerância como atitude.
Pois bem, a ciência e a reflexão demandam liberdade para prosperar e a tolerância para refletir sobre o novo. Não parece ser o que buscamos para viver em paz, tal a violenta intensidade do fluxo de informações tanto na imprensa quanto nas redes sociais que buscam sufocar a reflexão.
Nesse ambiente, não há liberdade, em seu sentido amplo, para o exercício da busca da verdade.
24 de março de 2018
Murillo de Aragão, Revisto ISTOÉ
Em um País de claro viés autoritário, a inter-relação entre a verdade e a liberdade é crítica para a democracia. Lamentavelmente, o autoritarismo prevalece em todos os setores ideológicos do País, abrangendo desde os oligarcas aos pseudo-revolucionários incluindo as esquerdas raivosas e elegantes. Tudo justificado pelos interesses que os orientam.
Assim, em nome de posturas “do bem”, “politicamente corretas” ou adequadas aos interesses econômicos, políticos e partidários, podemos embargar debates e impor preconceitos. Os fins justificam os meios. A novidade está no fato de as redes sociais imprimirem um ritmo acelerado às notícias que circulam e influenciam o ambiente.
Hoje, distorcer os fatos e propagar fake news e fake interpretations faz parte do jogo do nosso tempo e verdades e mentiras passaram a ser injetadas na veia do grande público em doses gigantescas.
Lembrando Churchill, no mundo de hoje existem mentiras demais e, o pior de tudo, é que boa parte delas é verdadeira em suas intenções de causar desinformação. As mentiras sinceras estão em falta.
Já o autoritarismo tupiniquim não é novidade e suas vertentes remontam ao passado colonial, ao movimento tenentista e à influência marxista sobre a imprensa e a academia, entre outras que nos deixaram marcas profundas.
Em um ambiente autoritário, a liberdade é tolhida e, com isso, a busca pela verdade fica prejudicada. Não há monopólio de mídia. Mas temos uma espécie de monopólio das interpretações e quem não estiver seguindo a cartilha não terá seus argumentos acolhidos.
Cria-se uma situação em que se ouve o que se pode dizer e não o que deve ser dito. Ou de que se dizer aquilo que não o corre o risco de contrariar o senso comum.
Com sabedoria, o papa João XXIII pregou que “a paz entre os povos exige a verdade como fundamento, a justiça como norma, o amor como motor, a liberdade como clima”. Faltou apenas mencionar a tolerância como atitude.
Pois bem, a ciência e a reflexão demandam liberdade para prosperar e a tolerância para refletir sobre o novo. Não parece ser o que buscamos para viver em paz, tal a violenta intensidade do fluxo de informações tanto na imprensa quanto nas redes sociais que buscam sufocar a reflexão.
Nesse ambiente, não há liberdade, em seu sentido amplo, para o exercício da busca da verdade.
24 de março de 2018
Murillo de Aragão, Revisto ISTOÉ
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