Depois que a intuição de todos os brasileiros com mais de um neurônio no cérebro foi confirmada sem retoques pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na sessão da última quinta-feira, passou-se a viver no Brasil um fenômeno raro de acontecer, se é que já aconteceu alhures.
Esse fenômeno se revela quando o exercício jornalístico da crônica política torna-se praticamente impossível dado ao desmonte de todos os parâmetros legais que norteiam do denominado Estado Moderno cujo surgimento sepultou o Absolutismo. Esse desmonte acaba de acontecer agora mesmo no Brasil e qualquer tentativa de analisar a situação em que vive a Nação brasileira neste momento valendo-se das categorias da filosofia política, ou seja do instrumental teórico disponível, constata-se que não se chega a lugar nenhum. É chover no molhado.
A partir deste estado de terra arrasada qualquer cérebro razoavelmente são chega apenas a algumas constatações sombrias quanto ao futuro que nos aguarda.
Se o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, enquanto poderes da República, estão totalmente esgarçados e apodrecidos pela corrupção e a roubalheira tem-se logo adiante o caos e a anarquia que poderão ser mitigados só e apenas pela força. E cabe lembrar que o Direito está ancorado na força. Neste caso nas Forças Armadas porque sem elas não existe um Estado de Direito.
Sem uma instância de pura coerção tem-se a anarquia no seu estado puro, mas nunca um Estado de Direito.
O momento político do Brasil enseja apenas estas observações. E sempre vale lembrar que o conceito de política pode ser resumido nestes termos: "política é a luta pelo poder ou a luta pela manutenção do poder".
No dito Estado Moderno, a luta pelo poder é incruenta e se fere por meio de propostas e promessas no processo da campanha eleitoral; enquanto a luta pela manutenção do poder leva o vencedor a tentar fazer, dentro das regras estabelecidas constitucionalmente, tudo que esteja ao seu alcance para manter o poder.
Grosso modo é assim que deveria funcionar a política. Entretanto, quando essas regras são abandonadas pelo titular do poder e sua entourage surge o que se conceitua como "crise política". Nos Estados civilizados a própria Constituição do Estado fornece as regras para dirimir qualquer arremedo de crise. Entretanto, é bom que se frise, isto acontece nos ditos Estados Civilizados. E essa condição lamentavelmente não é apanágio do Brasil e demais republiquetas bananeiras latino-americanas.
Isto posto nos leva a antever na atual crise brasileira (se é que se possa qualificar esses acontecimentos esdrúxulos de crise política) apenas dois desfechos. O primeiro seria uma pronta ação das Forças Armadas que, como afirmamos mais acima, é onde repousa o Direito.
Já um segundo desfecho seria o silêncio da caserna abrindo totalmente o caminho para um golpe comunista do tipo que ocorreu na Venezuela.
Acresce a esse fato alguns outros, como a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (STE) de fazer tábula rasa da Lei do Voto Impresso decidida e aprovada pelo Congresso Nacional, sem falar no sistema fechado do TSE na contagem dos votos. Todos esses fatos levam a intuir a possibilidade de ser "eleito" qualquer candidato decidido pelo establishment, ou seja, o vergonhoso contubérnio entre o núcleo duro da economia (os mega empresários e banqueiros) com os políticos, jornalistas e os donos da grande mídia.
Neste caso as eleições presidenciais de outubro vindouro já estariam decididas, podendo ser o "vencedor" inclusive um condenado em segunda instância.
Do tudo que expus até aqui a conclusão é dramática: a saída para o Brasil continua sendo o aeroporto. Mas essa é uma possibilidade que diz respeito apenas aos endinheirados, incluindo-se nesse restrito rol todos aqueles que sem qualquer pejo mamaram à vontade nas tetas estatais abraçados num estado orgiástico com a bandalha comunista liderada pelo PSDB (leia-se FHC), MDB e PT.
Concluo com o velho e sábio adágio: desgraça pouca é bobagem!
24 de março de 2018
in aluizio amorim
Nenhum comentário:
Postar um comentário