"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 16 de novembro de 2017

POLÍCIA FEDERAL INVESTIGA ROUBO DE DINHEIRO PÚBLICO NO GOVERNO DO MARANHÃO

OPERAÇÃO POLICIAL APURA LADROAGEM NO GOVERNO DO MARANHÃO

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta manhã a Operação Pegadores, quinta fase da Operação Sermão aos Peixes, chamada de Pegadores, que apura indícios de desvio de recursos públicos federais, em contratos de gestão e termos de parceria entre o governo do Maranhão, chefiado por Flávio Dino (PCdoB), e organizações do terceiro setor.

Os policiais federais cumprem 45 mandados judiciais expedidos pela juíza federal Paula Souza Moraes, da 1ª Vara Criminal Federal no Maranhão. São 17 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. As ações ocorrem nas cidades maranhenses de São Luís, Imperatriz e Amarante; e em Teresina, no Piauí.

FLÁVIO DINO, GOVERNADOR DO MARANHÃO.

O inquérito policial foi aberto em julho de 2015, quando Dino já governava, para investigar servidores públicos que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde.

A operação conta com o apoio do Ministério Público Federal, do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal do Brasil.

A juíza Paula Souza Moraes determinou também o sequestro de bens dos suspeitos no valor de mais R$ 18 milhões. As prisões foram determinadas contra servidores da Secretaria de Estado da Saúde, diretores, tesoureiros e administradores das organizações sociais, empresários de empresas de fachada e pessoas responsáveis pelo pagamento de propina a servidores públicos.

Operação Sermão aos Peixes

De acordo com a PF, durante as investigações da Operação Sermão aos Peixes, deflagrada a partir de inquérito policial aberto em julho de 2015, foram levantados indícios de que servidores públicos, que exerciam funções de comando na Secretaria de Estado da Saúde, “tinham montado um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal”.

As investigações constataram que os beneficiários do esquema eram pessoas indicadas por agentes políticos: parentes, correligionários de partidos políticos, namoradas e companheiras de gestores públicos e de diretores das organizações sociais. “Foram encontrados indícios da existência de cerca de 400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamentos dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviços às unidades hospitalares”.

O montante dos recursos públicos federais desviados passa de R$ 18,3 milhões. Mas pode aumentar, pois as investigações buscam comprovar que um crime continuou a ocorrer este ano, mesmo após a deflagração de outras fases da Operação Sermão aos Peixes, diz a PF, em nota.

O nome da operação é referência a um trecho do sermão do Padre Antônio Vieira (1654), que ficou conhecido como o Sermão aos Peixes, no qual o padre toma vários peixes como símbolo dos vícios e corrupção da sociedade. Um dos peixes ele chamou de Pegador, que vive na dependência dos peixes grandes, numa correlação aos vícios do oportunismo.


16 de novembro de 2017
diário do poder

Nenhum comentário:

Postar um comentário