O Ministério Público Federal na 2ª Região, apontou propina de R$ 58,58 milhões ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani (PMDB), entre 15 de julho de 2010 e 14 de julho de 2015. Deste montante, o peemedebista identificado como “Platina” ou “Satélite” levou R$ 49,96 milhões a mando da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) e R$ 8,62 milhões a mando do ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB).
Jorge Picciani foi levado a depor na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato, nesta terça-feira. Seu filho Felipe Picciani foi preso pela Polícia Federal em Uberaba, Minas Gerais. Ele é irmão de Leonardo Picciani, ministro dos Esportes do Governo Michel Temer (PMDB) e de Gabriel, deputado estadual.
PARTE DAS PLANILHAS – O operador financeiro e delator da Lava Jato Álvaro Novis relatou que “os pagamentos efetuados a mando da Fetranspor para Picciani iniciaram na década de 90 e perduraram até a véspera da Operação Xepa da Lava Jato, em 2016, mas que só possuía parte das planilhas de pagamentos feitos a Jorge Picciani”.
Segundo o delator, o presidente da Fetranspor José Carlos Lavoura “lhe disse que o parlamentar recebia o valor total a ser distribuído entre os deputados da Alerj por ser o presidente do órgão”. “As entregas para Jorge Picciani, a mando de José Carlos Lavoura, foram feitas, na maior parte das vezes a Jorge Luiz Ribeiro, por meio da Transexpert, que usava veículos normais blindados. Jorge Luiz quando solicitava a entrega do dinheiro dizia para procurarem Manoel, codinome usado por ele”, relata a Procuradoria.
MELO E ALBERTASSI – Também são investigados na Cadeia Velha os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do PMDB, e outros dez investigados por corrupção e outros crimes envolvendo a Assembleia.
A pedido do Núcleo Criminal de Combate à Corrupção (NCCC) do Ministério Público Federal na 2ª Região, o desembargador federal Abel Gomes, relator dos processos da força-tarefa da Lava Jato, no Rio, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, ordenou as conduções coercitivas dos parlamentares, seis prisões preventivas e quatro temporárias e buscas e apreensões nos endereços de 14 pessoas físicas e sete pessoas jurídicas. A condução coercitiva dos deputados foi ordenada como alternativa inicial à prisão deles.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No ranking da corrupção, Picciani só perde para Cabral. Esta conta de R$ 58 milhões não está batendo, porque a Procuradoria está pedindo bloqueio de R$ 154 milhões de Jorge Picciani e de filho Felipe. Vamos aguardar novos números. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No ranking da corrupção, Picciani só perde para Cabral. Esta conta de R$ 58 milhões não está batendo, porque a Procuradoria está pedindo bloqueio de R$ 154 milhões de Jorge Picciani e de filho Felipe. Vamos aguardar novos números. (C.N.)
16 de novembro de 2017
Deu em O Dia
(Agência Estado)
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