"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

JÁ EXISTE A DOENÇA DA AVERSÃO AO TRABALHO, MAS ESTAR DESEMPREGADO É PIOR

Resultado de imagem para preguiça charges
Reprodução de charge em exame do EnenS.O.S para médos, profissionais de saúde, professores, trabalhadores de telemarketing, bancários, motoristas de ônibus, enfim, todos aqueles que trabalham diretamente com o público. Num mundo onde imperam a intolerância, a agressividade, a impaciência e a falta de compreensão e de paciência, as relações de prestação de serviço se tornaram doentias.
Pois a chamada síndrome de Bournout está se tornado epidêmica e, pior, estraçalhando carreiras, dons e as saúdes física e psicológica dos trabalhadores.
Começa com pressões desumanas a que profissionais que lidam com o público estão sujeitos cotidianamente, além da precariedade dos equipamentos e da falta de treinamento e de preparo para lidar com o estresse que permeia a humanidade.
COMBUSTÍVEL – Vivemos num mundo onde o pavio curto, o nervo à flor da pele, a insatisfação generalizada são o combustível para que as pessoas se digladiem no trânsito, no trabalho, em casa, nas redes sociais.
Quem está na ponta desse processo, seja num posto de saúde lotado e sem condições básicas de atendimento humano, seja nas escolas públicas (uma verdadeira cloaca da sociedade), onde explodem todos os podres da decadente e desigual civilização – violência, drogas, sexualidade, ausência de limites e de respeito entre tantos outros – ou mesmo nos serviços de atendimentos ao consumidor, onde palavrões se multiplicam pelos péssimos produtos ou serviços e funcionários sem habilidades e mal remunerados são bombardeados pelos consumidores coléricos, vai acumulando tanto desconforto, desprazer, angústia e trauma no dia a dia que, literalmente, descompensa.
Afastamento médico, demissão, abandono de profissão, com sensação de aversão e quase fobia são consequência desse processo que tritura o corpo e a mente humana.
MATADOURO – Sintomas físicos como sono ruim, mal-estar, palpitação, tremores, aperto no peito, corpo pesado, desânimo, entre outros tantos, ampliam-se no ambiente de trabalho, prejudicando a produtividade e as relações interpessoais e pesando o ambiente. A antiga expressão de ir trabalhar é como “ir para o matadouro” é a síntese do Bournout.
A desfecho da síndrome é a robotização (o profissional entra no “piloto automático” e cumpre suas tarefas com indiferença, de forma autômata, sem prazer e motivação) ou adoece e precisa de tratamento médico e psicológico severos, numa solução radical, abandona sua profissão definitivamente.
Investir no patrimônio humano, que é o maior legado nas relações de trabalho, é fundamental. Qualquer hora escreverei sobre ecologia humana nas empresas, uma série de ações preventivas e de estímulo realizados nos ambientes de trabalho. Mas lembre-se: estar desempregado é ainda mais angustiante!

25 de setembro de 2017
Eduardo Aquino
O Tempo

Nenhum comentário:

Postar um comentário