"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

A SEMENTE DA VIDA E DA MORTE, NA VISÃO POÉTICA DE ADÉLIA PRADO

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A professora, escritora e poeta mineira Adélia Luzia Prado de Freitas, no poema “Exausto”, fala sobre a morte, conforme expressa sua vontade de descanso absoluto. 

O modo como a autora coloca as palavras dá a entender que o tal sono trata-se da morte. Além disso, Adélia Prado se utiliza de verbos que não dão ideia de movimento, como dormir, descansar e sonhar, reforçando a ideia de morte. 

Também podemos notar que, existe uma comparação da vida com uma planta. Talvez a citação da planta aconteça pelo fato que a vivência de uma permanece em plena quietude, que é o que a morte nos oferece. 

Todavia, traduzindo seu conteúdo para uma coisa mais humana, ou seja, trata-se da vontade de Adélia Prado de voltar ao início de tudo, da vida, quando era uma “semente” no ventre de sua mãe. 

A retratação de ambos é capaz de ser nada mais que uma sátira, atentando-se ao fato de que nossa vida acaba debaixo da terra, quando a de uma planta começa debaixo dela.

Exausto
Adélia Prado
Eu quero uma licença de dormir,
perdão pra descansar horas a fio,
sem ao menos sonhar
a leve palha de um pequeno sonho.
Quero o que antes da vida
foi o sono profundo das espécies,
a graça de um estado.
Semente.
Muito mais que raízes.



25 de setembro de 2017

Paulo Peres Site Poemas & Canções

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