"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

ELEIÇÃO DE UM DEPUTADO DA EXTREMA-DIREITA CAUSA MANCHETES NA ALEMANHA


Uma das manchetes: “Vitória de Pesadelo para Merkel”
“New York Times” e outros pelo mundo noticiaram burocraticamente em suas páginas iniciais a quarta vitória de Angela Merkel. Jornais chineses até elogiaram a opção alemã pela “estabilidade”. Mas na Alemanha as manchetes eram outras. “Süddeutsche Zeitung”, de Munique, e “Frankfurter Allgemeine Zeitung”, de Frankfurt, destacaram a chegada da extrema-direita ao parlamento, “passo atrás histórico”, “cisão histórica”, até “um teste para a democracia alemã”. O “FAZ” depois mudou seu enunciado para “Os limites da normalidade merkeliana”.
No site do tabloide “Bild”:, sediado em Berlim, os enunciados escandalosos foram “Vitória de pesadelo para Merkel”, líder do maior partido, e “Dia negro para Schulz”, que é o líder do segundo maior.
O Partido Social-Democrata de Martin Schulz foi especialmente atingido, com os semanais “Die Zeit” e “Der Spiegel” dando manchete digital para seu “pior resultado desde 1949” e a perspectiva de deixar a coalizão atual com Merkel, para rejuvenescer e “se tornar mais feminino”. Também para, sugere o “Süddeutsche”, garantir à Alemanha que a oposição não seja chefiada por neonazistas.
CADÊ OS RUSSOS? – O avanço da extrema-direita não veio seguido de denúncias de interferência russa, diferente dos EUA. O “Süddeutsche”, que um mês atrás já havia se perguntado “Mas onde estão os russos?”, voltou a publicar que “a conversa de fake news, em que o suspeito era sempre a Rússia”, não se confirmou.
Com algum atraso, os americanos “Washington Post”, “NYT” e por fim a “Vice News”, na HBO, registraram o “mistério”. O “WP” usou até a mesma frase: “Onde estão os russos?”. O site de mídia Poynter ironizou que a cobertura segue Hollywood e seus filmes “russomafiafóbicos”.
O “WP” noticia que o então presidente Barack Obama, dias depois da eleição de Donald Trump, ligou para Mark Zuckerberg para falar sobre notícias falsas no Facebook, sem conseguir convencê-lo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Não há novidades. Todos sabem que o nazismo não morreu. A existência de pessoas nefastas sempre fez parte do dia a dia da Humanidade e vai nos perseguir até o final dos tempos. (C.N.)


25 de setembro de 2017
Nelson de Sá
Folha

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