A posição de um general de Exército – 4 estrelas – equivale-se a de um integrante do Supremo Tribunal Federal. Se o ministro precisa ter, em tese, notáveis conhecimentos jurídicos, o militar precisa ter om profundos conhecimentos sobre o Exército que comanda: Infantaria, Artilharia, Blindados, Intendência, Engenharia … haja vista a variedade das Armas que um Exército contém e seus milhares de homens que o completam.
Portanto, o general Hamilton Mourão, ao criticar nosso sistema jurídico com respeito à impunidade que gozam os ladrões parlamentares, presidente da República e ministros, todos corruptos, indistintamente, livres, leves e soltos, tomou esta atitude com relação à sua autoridade nacional, que não mais suporta os desmandos e descalabros de que temos sido alvos permanentemente.
REAÇÕES NEGATIVAS – Surpreendem-me as reações negativas de alguns jornalistas e até comentaristas deste blog, com respeito às declarações do general, enquanto somos roubados, explorados e desprezados pelos Três Poderes!
Feriu a hierarquia? De quem? De poderes que perderam a sua ética e moral? De um presidente da República que já deveria ter sido apeado do cargo pela quantidade de crimes que cometeu contra o povo e país?
Ora, o chefe militar agiu como se espera de um cidadão brasileiro, antes de ser o que é profissionalmente, demonstrando a sua indignação e revolta com os acontecimentos que levam a sua Pátria – e nossa também – para uma situação tão caótica, que não há como reerguer mais esta nação através de eleições, diga-se de passagem, fraudulentas!
CORRUPÇÃO – Afinal das contas, faz 32 anos que as eleições pioram a cada período a situação do povo e país, a ponto que atingimos este patamar não só inédito na história como incomparável no que tange à corrupção, desonestidade, desprezo pelo cidadão e total anarquia governamental.
E corrobora este caos sem precedentes o comportamento do STF, que dá guarida aos crimes praticados pelos parlamentares quando alega não ter como julgar os processos contra os ladrões por “acúmulo“ de ações sob a sua responsabilidade, enaltecendo a impunidade, e ao liberar os ladrões presos pela Polícia Federal porque “amigos” de ministros da Alta Corte – ou preciso trazer à lembrança a decisão condenável e tendenciosa de Tofolli, quando mandou soltar o ladrão do Paulo Bernardo, aquele petista que roubava dinheiro através dos empréstimos consignados?! Ou o comportamento no mínimo preocupante de Gilmar Mendes, na sua defesa intransigente de Temer contra o procurador-geral da República?!
É UM AVISO – O general Mourão tem plena razão quando protesta e avisa que este procedimento do STF precisa ter um fim. Ou a Justiça age como deve ou esses ladrões deverão ser presos de outra forma, mesmo que seja pela atuação do Exército!
Quanto às comparações entre 1964 e 2017, absolutamente improcedentes. Se na década de 60 a ameaça era o comunismo, a ditadura do proletariado, o avanço cubano na América Latina, então questões de fora para dentro do Brasil, desta vez a ameaça de rompimento dos elos que unem o povo brasileiro parte do próprio país, de suas entranhas, corroendo a nação de dentro para fora, consequentemente muito mais grave o momento atual do que há 50 anos. Logo, nada mais correto e adequado que as FFAA se manifestem, que alertem ao povo que estão atentas à situação, e que se perdurar esta maldita impunidade elas vão intervir!
A lamentar que as vozes que se levantaram contra as palavras do general Mourão, diminuem diante da forma como somos governados, dando a entender que preferem estar à mercê de ladrões e traidores, do que aceitarem a bendita intervenção militar para dar um basta aos roubos e explorações contra o povo e país, e colocar na cadeia esses criminosos, que ainda são chamados de “Excelência”!
23 de setembro de 2017
Francisco Bendl
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