Não pegou nada bem perante o eleitor a aprovação do fundão partidário de R$ 3,6 bilhões, tirado do lombo do pagador de impostos. A medida é uma vergonha, pois os impostos dos cidadãos são utilizados para bancar campanhas políticas de candidatos que não foram escolhidos pelo eleitor. Uma violência.
A culpa disso tudo é da extrema esquerda, que fez de tudo para demonizar o financiamento empresarial privado de campanhas, que existe em todo o mundo civilizado. A jogada era óbvia: uma vez que o PT se tornou um partido leproso para os empresários, o ideal era tirar a possibilidade de que os demais partidos fossem financiados. Partidos como PMDB e PSDB caíram no truque, feito um bando de patinhos. Como sempre.
A conta era simples. Se não há o financiamento público de campanhas, os partidos teriam que recorrer as doações privadas, tanto de indivíduos como empresas. Mas a existência do fundão bancado com dinheiro público retira essa necessidade. A única medida aceitável era acabar com o fundo público de campanhas e forçar os partidos a aprovarem de volta o financiamento empresarial. Mas isto se tornará difícil enquanto o oportunismo, a frouxidão e a infantilidade política reinarem entre os adversários da extrema esquerda.
Ao mesmo passo, alguns espertalhões estão dizendo que “não dá para gastar R$ 3 bilhões para implementar o voto impresso” em 2018. Como não?
A classe política já está mais suja que pau de galinheiro. Para piorar, sujeitos eleitos por urnas eletrônicas já são vistos com maior ceticismo. Muitos duvidam da idoneidade das urnas eletrônicas. Quanto custa ter legitimidade nas eleições? Isso só pode acontecer com o voto impresso.
Quem achou R$ 3,6 bilhões para tirar do povo e dar aos partidos agora vai ter que achar R$ 3 bilhões para implementar o voto impresso. Ou então significará que estão chamando o povo para a briga.
11 de agosto de 2017
ceticismo político
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