"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

EX-ADVOGADO DA ODEBRECHT DIZ QUE A EMPRESA ENTREGOU PROVA FALSA À LAVA JATO


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Durán tem dupla nacionalidade e fugiu para Madri
O advogado Rodrigo Tacla Durán, que atuou por anos para a Odebrecht, acusa a empreiteira baiana de ter apresentado à Lava Jato extratos falsificados de um banco que ela comprou em Antígua, no Caribe, como provas de repasses de propinas. A acusação integra peça que ele enviou a Cingapura, para esclarecer operações financeiras que travou com a empresa naquele país. O Ministério Público Federal já pediu a prisão de Durán, mas a Espanha, onde ele está em liberdade provisória, não quis extraditá-lo.
Durán fez uma série de apontamentos nos extratos do Meinl Bank em Antígua, filial do banco austríaco comprada pela Odebrecht no Caribe. Ele afirma, por exemplo, que os documentos não poderiam ter sido emitidos nas datas em que a empresa alega porque as contas estavam bloqueadas.
MANIPULAÇÃO – O advogado diz ainda que a Odebrecht manipulou manualmente trechos dos extratos e aponta divergências na redação de operações como indício de que os registros não foram gerados automaticamente pelo sistema do banco.
As peças atacadas pelo advogado estão no Supremo e são citadas em ao menos dois inquéritos abertos a partir da delação premiada firmada pela empreiteira.
Durán é acusado pela Lava Jato de ter lavado mais de R$ 50 milhões para a Odebrecht. Ele nega. Em recente entrevista ao “El País”, disse que atuou como advogado da empreiteira e a acusou de ter omitido informações à Justiça.
CONVOCAÇÃO – A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara aprovou nesta quarta-feira (dia 9) requerimento em que convida Tacla Durán a falar ao colegiado o que sabe a respeito da empreiteira.
Procurada, a Odebrecht afirmou que “está colaborando com as autoridades no esclarecimento de todos os fatos por ela revelados. E reafirma o seu compromisso com a verdade e com o combate à corrupção”.
“Os dados entregues na colaboração foram identificados com apoio de empresas especializadas e serviram de base para acordos já homologados pelas autoridades de diversos países, incluindo o STF e a Justiça Federal do Paraná”, ressaltou a empresa no texto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG 
– Atuando em causa própria, o ilustre causídico tenta convencer a Justiça de que conta bloqueada não tem extrato nem se pode saber quais os valores nela existentes. Mas há controvérsias, diria o genial ator Francisco Milani. A Justiça espanhola já autorizou a extradição dele, que tem dupla nacionalidade porque Tacla Durán, mas isso não deve ocorrer, porque o Brasil também teria que extraditar, no prazo de três meses, algum investigado na Espanha que tenha dupla nacionalidade assim como Tacla Durán, o que vai contra o artigo 5 da Constituição brasileira. A decisão ainda vai ser avaliada pelo governo espanhol. (C.N.)


11 de agosto de 2017
Deu na Folha
(Coluna Painel)

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