CONSELHO DE ÉTICA "LIBERA" CUSPARADA NO PLENÁRIO ENTRE DEPUTADOS
JEAN WYLLYS CUSPIU EM BOLSONARO, MAS SUSPENSÃO DO MANDATO VIROU ADVERTÊNCIA POR ESCRITO
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu que um deputado cuspir em outro no plenário da Casa não é quebra de decoro parlamentar.
No caso concreto, Jean Wyllys (Psol-RJ) levou apenas uma advertência por escrito, algo como o recado na agenda da criança que se comporta mal na escola, pela cusparada dada em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Os deputados rejeitaram, por 9 a 4, o parecer do relator Ricardo Izar (PP-SP), que previa a suspensão do mandato de Wyllys por um mês e aprovaram o texto alternativo proposto pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG) com a advertência. Segundo Delgado, a cusparada não foi premeditada e representou uma "ofensa moral".
Wyllys ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça e ainda há incertezas sobre a necessidade de enviar o caso para votação no plenário da Casa.
05 de abril de 2017
Andre Brito
diário do poder
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Inauguramos a Era do Cuspe. Agora temos a cusparada 'premeditada e a cusparada 'espontânea'. Cuspir em outro parlamentar em plenário, será 'apenas' uma ofensa moral, desde que se cuspa espontaneamente. Interessante como a habilidade de interpretar atos absolutamente incompatíveis com a postura de um parlamentar, cabe na hipocrisia legal de se considerar que tal ato é 'apenas uma ofensa moral...'
Vivemos em novos tempos! Não sei e nem imagino, o que aconteceria em outra democracia ou monarquia, ou seja lá o que for, se um parlamentar cuspisse em outro, no plenário.
Realmente, penso que já entramos numa espécie de letargia moral. Nada mais é capaz de despertar a indignação.
Acostumamo-nos com a imoralidade. Ela invadiu o Brasil e, convenhamos, depois que o país atolou-se na lama da corrupção vergonhosa, que diariamente explode nas manchetes da mídia, iniciamos um processo de curiosidade, tentando adivinhar se a próxima grande "notícia" será pior.
É uma nova doença: insensibilidade ética. Nada mais dói, ou incomoda, tamanho o buraco em que caímos. E segundo a Lei de Murphy, é melhor rezar para que não chova...
A Polícia Federal diariamente atua em devassas nas residências e gabinetes das mais "insuspeitas celebridades", mas ninguém se espanta, como se tais acontecimentos estivessem dentro da mais simples normalidade. Apenas rotina, coisas do dia a dia.
Perdemos a utopia e a esperança. Mergulhamos nas sombras das sórdidas tramas de uma politicalha, que como uma espécie de catapora, alastrou-se e contaminou o país inteiro.
Agora só nos resta conviver com as perebas...
Quem terá condições de administrar o caos em que nos encontramos, sem negociar ou lotear o poder público?
Quem terá autoridade e sanidade moral para gerir o país com novos valores éticos? Quem terá credibilidade para tanto?
Quem poderá fazer renascer a esperança, quando o país inteiro assiste predação das instituições? Da tão falada Carta Magna, estuprada inconsequentemente pelos notórios?
Quem?...
Vade retro satanás...
m.americo
JEAN WYLLYS CUSPIU EM BOLSONARO, MAS SUSPENSÃO DO MANDATO VIROU ADVERTÊNCIA POR ESCRITO
JEAN WYLLYS CUSPIU EM BOLSONARO, MAS SUSPENSÃO DO MANDATO VIROU ADVERTÊNCIA POR ESCRITO |
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu que um deputado cuspir em outro no plenário da Casa não é quebra de decoro parlamentar.
No caso concreto, Jean Wyllys (Psol-RJ) levou apenas uma advertência por escrito, algo como o recado na agenda da criança que se comporta mal na escola, pela cusparada dada em Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT).
Os deputados rejeitaram, por 9 a 4, o parecer do relator Ricardo Izar (PP-SP), que previa a suspensão do mandato de Wyllys por um mês e aprovaram o texto alternativo proposto pelo deputado Júlio Delgado (PSB-MG) com a advertência. Segundo Delgado, a cusparada não foi premeditada e representou uma "ofensa moral".
Wyllys ainda pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça e ainda há incertezas sobre a necessidade de enviar o caso para votação no plenário da Casa.
05 de abril de 2017
Andre Brito
diário do poder
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Inauguramos a Era do Cuspe. Agora temos a cusparada 'premeditada e a cusparada 'espontânea'. Cuspir em outro parlamentar em plenário, será 'apenas' uma ofensa moral, desde que se cuspa espontaneamente. Interessante como a habilidade de interpretar atos absolutamente incompatíveis com a postura de um parlamentar, cabe na hipocrisia legal de se considerar que tal ato é 'apenas uma ofensa moral...'
Vivemos em novos tempos! Não sei e nem imagino, o que aconteceria em outra democracia ou monarquia, ou seja lá o que for, se um parlamentar cuspisse em outro, no plenário.
Realmente, penso que já entramos numa espécie de letargia moral. Nada mais é capaz de despertar a indignação.
Acostumamo-nos com a imoralidade. Ela invadiu o Brasil e, convenhamos, depois que o país atolou-se na lama da corrupção vergonhosa, que diariamente explode nas manchetes da mídia, iniciamos um processo de curiosidade, tentando adivinhar se a próxima grande "notícia" será pior.
É uma nova doença: insensibilidade ética. Nada mais dói, ou incomoda, tamanho o buraco em que caímos. E segundo a Lei de Murphy, é melhor rezar para que não chova...
A Polícia Federal diariamente atua em devassas nas residências e gabinetes das mais "insuspeitas celebridades", mas ninguém se espanta, como se tais acontecimentos estivessem dentro da mais simples normalidade. Apenas rotina, coisas do dia a dia.
Perdemos a utopia e a esperança. Mergulhamos nas sombras das sórdidas tramas de uma politicalha, que como uma espécie de catapora, alastrou-se e contaminou o país inteiro.
Agora só nos resta conviver com as perebas...
Quem terá condições de administrar o caos em que nos encontramos, sem negociar ou lotear o poder público?
Quem terá autoridade e sanidade moral para gerir o país com novos valores éticos? Quem terá credibilidade para tanto?
Quem poderá fazer renascer a esperança, quando o país inteiro assiste predação das instituições? Da tão falada Carta Magna, estuprada inconsequentemente pelos notórios?
Quem?...
Vade retro satanás...
m.americo
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