O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou que “ainda não” rompeu com o presidente Michel Temer (PMDB) e comparou o governo do seu colega de partido com o período em que a seleção brasileira era treinada pelo técnico Dunga. “Do jeito que está, está parecendo a seleção do Dunga. E não precisamos mais do Dunga, precisamos do Tite para nos levar a um porto seguro”, disse, em entrevista à TV Ponta Verde, de Maceió.
Durante a entrevista, na segunda-feira à noite, Renan foi questionado se havia rompido com Temer. “Rompimento, ainda não. O que está ficando claro são posições diferentes do PMDB e do governo. Conversei com o presidente Temer várias vezes, e ele chegou a perguntar se a agilização do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iria ajudar na devolução da legitimidade. E eu disse: ‘Sinceramente, acho que não. Acho que o que vai devolver a legitimidade perdida é acertar a mão, escalar melhor, jogar para frente’”, contou.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Agora à noite, Renan está reunido com a bancada do PMDB, num jantar na casa da senadora rebelde Kátia Abreu. A mídia vem fazendo as mais diversas traduções simultâneas do novo posicionamento de Renan em relação a Temer. As traduções mais comuns dizem que o senador teme ser derrotado na tentativa de reeleição em 2018 ou que apenas pretende mais espaço para nomeações. No entanto, o motivo real é que Renan está apenas usando seu sensor político. Ele nunca foi muito ligado a Temer, ficou com Dilma até a undécima hora e até salvou os direitos políticos dela, com a cumplicidade ostensiva de Ricardo Lewandowski. Agora, Renan já percebeu que Temer é inábil e jamais terá avaliação positiva. Por isso, está se bandeando para o outro lado da ponte para o futuro, vai torpedear a reforma da Previdência e a reforma da CLT, além de aprovar outra emenda mitigando a terceirização. Renan quer se tornar um novo salvador da pátria, vejam a que ponto chegamos. (C.N.)
05 de abril de 2017
Deu na Veja
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