Em depoimento à Justiça Eleitoral, Marcelo Odebrecht falou sobre projetos em que a empreiteira embarcou mesmo sem querer, só para ficar perto dos poderosos de Brasília. Um deles foi o consórcio para a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. Marcelo narrou um encontro entre ele, seu pai, Emílio Odebrecht, Lula e Erenice Guerra – assessora de Dilma que dava as cartas no setor elétrico – para conversar sobre o assunto.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A revelação de Marcelo Odebrecht confirma denúncias do ex-senador Delcídio do Amaral, que era líder do governo Dilma Rousseff. Dois grupos disputavam os contratos para fornecer equipamentos para Belo Monte – um deles formado por empresas chinesas, outro por empresas nacionais. Segundo o depoimento de Delcídio, uma intervenção feita por Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antonio Palocci resolveu a disputa a favor das empresas nacionais. Desses contratos, foram retiradas propinas para o PT e para o PMDB. A corrupção começou no leilão da usina, em 2010. Três dias antes, as grandes empreiteiras abandonaram a licitação. Com medo do fracasso no leilão, o governo mobilizou empresas de médio porte que formaram um consórcio. Foi a única proposta recebida e venceu o leilão. Poucos meses depois, as empreiteiras que tinham abandonado a disputa entraram para o consórcio como sócios e, na prática, passaram a controlar a obra. Segundo Delcídio, o valor das propinas do PT foi destinado para campanha eleitoral de Dilma, e o do PMDB para o “grupo do Sarney”, que incluía o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A denúncia diz que quem pagou a propina foi a empreiteira Andrade Gutierrez. (C.N.)
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A revelação de Marcelo Odebrecht confirma denúncias do ex-senador Delcídio do Amaral, que era líder do governo Dilma Rousseff. Dois grupos disputavam os contratos para fornecer equipamentos para Belo Monte – um deles formado por empresas chinesas, outro por empresas nacionais. Segundo o depoimento de Delcídio, uma intervenção feita por Silas Rondeau, Erenice Guerra e Antonio Palocci resolveu a disputa a favor das empresas nacionais. Desses contratos, foram retiradas propinas para o PT e para o PMDB. A corrupção começou no leilão da usina, em 2010. Três dias antes, as grandes empreiteiras abandonaram a licitação. Com medo do fracasso no leilão, o governo mobilizou empresas de médio porte que formaram um consórcio. Foi a única proposta recebida e venceu o leilão. Poucos meses depois, as empreiteiras que tinham abandonado a disputa entraram para o consórcio como sócios e, na prática, passaram a controlar a obra. Segundo Delcídio, o valor das propinas do PT foi destinado para campanha eleitoral de Dilma, e o do PMDB para o “grupo do Sarney”, que incluía o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. A denúncia diz que quem pagou a propina foi a empreiteira Andrade Gutierrez. (C.N.)
08 de abril de 2017
Bárbara Lobato
IstoÉ
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