"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

EDITORA ENTRA NA JUSTIÇA PARA LIBERAR FALSA AUTOBIOGRAFIA DE EDUARDO CUNHA

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“Propaganda enganosa”, diz a juíza Ledir Araújo
A Editora Record entrou com recurso no Tribunal de Justiça do Rio nesta sexta-feira para solicitar a liberação do romance “Diário da cadeia”, assinado por “Eduardo Cunha (pseudônimo)”. A autoria não é do deputado federal cassado, mas de um escritor cuja identidade não será revelada pela editora, que argumenta que o autor escolheu o nome e o sobrenome do político para assinar a obra.
No último dia 24 de março, a Justiça do Rio suspendeu a distribuição do livro, acolhendo um pedido do próprio ex-presidente da Câmara dos Deputados. A obra seria lançada três dias depois da decisão judicial que vetou sua distribuição e ordenou o recolhimento das cópias.
A juíza Ledir Araújo, da 13ª Vara Cível do Rio, entendeu que a exposição do nome do parlamentar cassado na capa constituía propaganda enganosa. Atribuiria memórias descritas no livro a ele, personagem marcante do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Um desacordo, segundo a Justiça, com o Código de Defesa do Consumidor.
OBRA DE FICÇÃO – Em nota, a editora ressaltou que nunca divulgou se tratar de uma autobiografia e que registrou o livro como um romance. A obra teria começado a ser distribuída para livrarias como ficção, antes de ser proibida. Na visão da empresa, fica claro na capa que o autor não é Eduardo Cunha — e sim, “um pseudônimo, recurso artístico bastante antigo”.
No recurso, a Record evoca a sua “mais absoluta crença na liberdade de criação, na circulação livre e ampla da literatura e no aspecto desafiador da ficção”. A editora ainda afirmou ver “com preocupação o impedimento de circulação de uma obra ficcional”.
“Na verdade, nossa crença é na democracia. Vamos lutar por ela, por nossos livros e por nossos autores até o nosso último recurso”, registrou a nota.

12 de abril de 2017
Deu em O Globo

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