"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

DORIA INICIA SUA CAMPANHA PARA PRESIDENTE, LEVANDO ALCKMIN E AÉCIO À LOUCURA

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Em Porto Alegre, Doria atacou Lula e foi ovacionado
Agora, não tem mais jeito. O prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), escapou da dengue, da chikungunya, da zika e da febre amarela, mas acabou mordido pela velha mosca azul. Embora ainda tente negar a intenção de disputar as eleições presidenciais de 2018, o fato concreto é que já está em plena campanha, como ficou comprovado nesta segunda-feira, no inflamado discurso que abriu o 30° Fórum da Liberdade, em Porto Alegre (RS), quando não se conteve e sinalizou que realmente vai disputar a sucessão de Temer, a pretexto de evitar que o ex-presidente Lula da Silva volte ao poder.
Falando a uma plateia de empresários e estudantes, de microfone na mão e circulando pelo palco, o neolíder tucano não fez por menos: “Vou usar toda a minha força como cidadão, como prefeito da cidade de São Paulo, sendo correto e honesto, para dizer: Lula, você não é o salvador de nada, você quase destruiu o Brasil. Você não vai destruir outra vez o sonho do Brasil”, afirmou, arrancando aplausos entusiásticos.
ÚLTIMA CARTADA – Cumprindo penoso exílio político em São Paulo, caindo para segundo plano desde que Doria assumiu a prefeitura, o governador Geraldo Alckmin retirou a última carta da manga e a lançou sobre a mesa do pôquer político. “João Doria seria um ótimo candidato ao governo paulista”, arriscou, na manhã desta segunda-feira, antes de o prefeito paulistano fazer seu pronunciamento em Porto Alegre.
Ao final da palestra, foi cercado pelos jornalistas, que perguntaram se seria candidato a presidente em 2018. O tucano voltou a negar a possibilidade, dizendo que está focado na gestão da capital paulista e que sua única intenção é ser “candidato a um bom prefeito”.
Mas há controvérsias, diria Francisco Milani, que adorava política e foi vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Comunista Brasileiro, o velho Partidão, depois se filiou ao PPS.
CLIMA DE COMÍCIO – A palestra de Doria transcorreu em clima de comício, com farta munição política. Doria aproveitou para criticar também os filhos de Lula, dizendo que eles ficaram “milionários da noite para o dia”, graças à corrupção. “Os meus filhos, ao contrário dos filhos daquele cidadão, vão aprender que é com trabalho que se conquista, não é com roubo, não é com usurpação, não é com presente de empreiteira”.
Depois da palestra/comício, em entrevista à imprensa, Dória ironizou a situação atual de Lula, que responde a cinco processos, ao prometer que irá visitá-lo na cadeia: “Eu ainda desejo levar um dia chocolates para o ex-presidente Lula em Curitiba”.
CANDIDATURA – Pesquisa Datafolha mostra que maioria dos moradores de São Paulo (55%) acha que Doria não deve abandonar o mandato para ser candidato nas eleições de 2018, segundo o Datafolha.
Na entrevista em Porto Alegre, o prefeito foi questionado se ouviria o apelo de Alckmin ou preferia ouvir a população sobre uma possível candidatura ao governo do Estado. E a resposta foi típica dos tucanos, em cima do muro.
“Vou ouvir os dois (Alckmin e a população). Tenho estima, admiração e respeito pelo governador Geraldo Alckmin. E tenho lealdade também, essa é uma característica que tenho e vou manter, talvez diferentemente de outros, sou leal ontem e hoje”, afirmou. “Tenho que ouvi-lo, sim, e ouvir a população. Afinal, governamos para a população. A população é que nos aprova, é que determina se estamos o caminho certo. E até aqui estamos.”
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PS 
– Em tradução simultânea, Dória está simplesmente afirmando que será candidato a presidente da República, se o povo quiser… Como já está claro que o povo quer, Alckmin e Aécio podem se preparar para candidaturas ao Senado, e Serra vai disputar, mais uma vez, o governo paulista. Ou saem apenas a deputado federal, no desespero pelo foro privilegiado. Quem está na maior felicidade é o deputado federal Bruno Covas (PSDB-SP), vice de Doria, que já mandou fazer o terno da posse, para assumir a Prefeitura no final de abril. Falta apenas um ano(C.N.)


12 de abril de 2017
Carlos Newton

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