"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

LAVA JATO NEGOCIA DELAÇÃO CONTRA CABRAL E INVESTIGA TAMBÉM SÉRGIO CORTES


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Sérgio Cortes (de gravata grená) se exibe na farra em Paris
A força-tarefa da Lava Jato no Rio negocia, em estágio avançado, uma nova delação premiada que revelaria detalhes de supostos envios de propinas ao exterior para o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB). Segundo fontes próximas às investigações, o doleiro Vinicius Claret, conhecido como Juca Bala, está em tratativas para assinar o acordo de delação premiada. A colaboração avança sobre repasses no exterior, que integrantes do Ministério Público Federal (MPF) acreditam que podem chegar a R$ 1 bilhão.
Em outra ponta, os procuradores têm progredido nas apurações sobre fraude em licitações no Estado do Rio que podem atingir o ex-secretário estadual Sérgio Cortes, da Saúde. O MPF suspeita da existência de irregularidades na conquista de licitações na área da Saúde.
TURMA DO GUARDANAPO – Cortes acompanhou Cabral na viagem a Paris, em 2009, que se tornou conhecida após a divulgação de fotos de parte da comitiva em uma festa portando guardanapos na cabeça. Além de Cortes e Cabral, o então secretário da Casa Civil, Régis Fichtner, estava no grupo que acompanhava o então governador e virou alvo das investigações.
Juca Bala, brasileiro que morava em Montevidéu, no Uruguai, teria começado a atuar para o esquema de Cabral quando os doleiros Renato e Marcelo Chebar – que já fecharam acordo de delação – passaram a ter dificuldades em tocar a operação do ex-governador. O motivo teria sido o aumento do volume de propina depois de 2007, quando Cabral assumiu o governo do Rio. Os irmãos doleiros já revelaram como a organização criminosa liderada por Cabral ocultou mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 340 milhões) com o envio de propinas para o exterior.
Sobre as denúncias, o ex-secretário Sérgio Cortes negou irregularidades durante sua gestão. Procurado na noite de sexta-feira, Fichtner não se posicionou até as 21 horas. Os advogados de Cabral não responderam aos contatos da reportagem. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Sérgio Cortes não tarda a ser apanhado pela Lava Jato. É mais um dos funcionários públicos que conseguem enriquecer sem risco. Usando o dinheiro que guardava no colchão, comprou um luxuoso apartamento duplex de cobertura no bairro da Lagoa, no Rio, com cinco vagas na garage, e pagou em dinheiro vivo. Tinha tantas economias que comprou também uma mansão em Mangaratiba, onde é vizinho do amigo e parceiro Sérgio Cabral. (C.N.)


19 de fevereiro de 2017
Deu no Correio Braziliense
(Agência Estado)

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