"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

EDUARDO CUNHA DIZ A SERGIO MORO QUE TEM ANEURISMA "COMO DONA MARISA"

DEFESA PROTOCOLOU UM PEDIDO DE LIBERDADE PARA PODER SE TRATAR

PEEMEDEBISTA É INTERROGADO PELO JUIZ DA LAVA JATO PELA PRIMEIRA VEZ E, APÓS TRÊS HORAS DE AUDIÊNCIA, LÊ CARTA DE PRÓPRIO PUNHO NA QUAL RELATA A DOENÇA E FALTA DE TRATAMENTO ADEQUADO NA CADEIA (FOTO: PAULO LISBOA/BRAZIL PHOTO PRESS)


O ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) alegou ao juiz Sérgio Moro nesta terça-feira, 7, que tem um aneurisma ‘como dona Marisa’ – mulher do ex-presidente Lula, que faleceu na última semana. A “revelação” foi feita durante depoimento a Moro, que durou três horas. Ao final do interrogatório, o peemedebista leu uma carta de dez páginas, escrita de próprio punho. Cunha também afirma que não tem condições de se tratar na prisão onde está detido atualmente. Foi a primeira vez que Moro e Cunha ficam cara a cara desde sua prisão na Operação Lava Jato, em 19 de outubro de 2016.

Ao final da audiência, a defesa de Cunha protocolou um pedido de liberdade, que será analisado por Moro.

Oficialmente, Cunha não deu qualquer sinal à Polícia Federal e Ministério Público Federal de que quer colaborar com as investigações. Mas logo após ser preso, contratou o criminalista Marlus Arns, de Curitiba, responsável por algumas das delações da operação.

O político tem acompanhado pessoalmente todas as audiências do processo. Em ocasiões anteriores, sentou ao lado do seu advogado, fez anotações e cochichou instruções e comentários aos defensores, durante os depoimentos de testemunhas.

Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes à aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

O Ministério Público Federal sustenta que parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, mulher de Eduardo Cunha, também em contas no exterior - a transação está sendo investigada em outra ação, específica contra a mulher do peemedebista.

Cunha nega irregularidades e diz que as contas pertencem a trusts (instrumento jurídico usado para administração de bens e recursos no exterior), e foram abastecidas com recursos lícitos.


07 de fevereiro de 2017
diário do poder

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