"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

NOVA DELAÇÃO DE MARQUETEIRO NA LAVA JATO INCRIMINA AÉCIO, CABRAL, PEZÃO E PAES


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Renato Pereira é a nova versão do homem que sabia demais
Marqueteiro político das campanhas do senador Aécio Neves (PSDB), do ex-prefeito Eduardo Paes (PMDB), do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), o publicitário e antropólogo Renato Pereira, de 56 anos, dono da agência Prole, está negociando com o Ministério Público Federal sua delação premiada na Operação Lava Jato, de acordo com a coluna de Lauro Jardim, no Globo deste domingo (dia 22).
CAIXA 2 DE PAES – Os investigadores chegaram ao nome do marqueteiro por meio da delação do diretor de Infraestrutura da Odebrecht no Rio, Leandro Andrade Azevedo, que detalhou, por meio de uma planilha e de depoimento, repasse da empreiteira ao caixa 2 da campanha de Eduardo Paes em 2012. O mesmo ocorreu na campanha de Pezão para o governo do Estado.
De acordo com o executivo, a Odebrecht desembolsou R$ 11,6 milhões e US$ 5,7 milhões não declarados. Ainda na delação, Azevedo afirmou que parte do dinheiro foi entregue em espécie no endereço da agência Prole, no Rio, e o restante em contas no exterior indicadas pela mesma agência de publicidade, que prestava serviços à campanha de Paes, como revelou a revista Veja em dezembro do ano passado.
O “NERVOSINHO” – Ainda segundo o executivo, os pagamentos eram acertados diretamente com Paes, que aparece como “Nervosinho” na lista de políticos da empresa. O diretor da Odebrecht disse, na ocasião da delação, que o deputado Pedro Paulo (PMDB), candidato à Prefeitura do Rio na eleição passada, coordenava a campanha de Paes à reeleição e orientou que os pagamentos da empreiteira deveriam ser efetuados diretamente a Renato Pereira. Para os investigadores, uma futura delação do publicitário poderá elucidar informações já fornecidas por executivos da Odebrecht.
Na ocasião, o diretor da Odebrecht afirma que teve uma surpresa durante uma reunião no Palácio da Cidade, sede da prefeitura. “Questionei a Pedro Paulo como eu combinaria os pagamentos com Renato Pereira, quando então ele me disse que Renato estava do lado de fora da sala e entraria na sequência para tratar deste assunto. Combinei com Renato que os pagamentos seriam feitos via entregas semanais/quinzenais de dinheiro na[…] na Urca”.
Já o dinheiro enviado para fora do país tinha como endereços uma conta em Bahamas e outra na Suíça.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Caramba, a Lava Jato é uma força da natureza, como gostava de dizer nosso amigo Nelson Rodrigues.  A delação de Renato Pereira é uma bomba atômica de efeito retardado. Aécio e Cabral sonhavam em ser presidentes da República, Paes sonhava em ser governador do Rio de Janeiro e Pezão sonhava em ser o que já é, mas o sonho acabou. Se o marqueteiro Renato Pereira realmente falar o que sabe, o futuro deles não vale uma nota de três reais. E Gabeira será eleito o que bem entender no Rio de Janeiro. Se quiser, será o novo governador. (C.N.)  

23 de janeiro de 2017
Deu no Jornal do Brasil

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