"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

QUANDO PERDE, A ESQUERDA QUESTIONA A DEMOCRACIA E DIZ QUE O BRASILEIRO "NÃO SABE VOTAR"



É um pouco birra de menino birrento, outro tanto o socialismo mais explicitado. CAPA DESTA SEMANA DA REVISTA CARTA CAPITAL.

Os esquerdistas ainda não se recuperaram da tremenda surra levada nas últimas eleições. E a coisa não se resume à derrota de determinado partido ou pessoa, mas sim à rejeição COMPLETA do ideário esquerdista.

Sem contar, é claro, o tanto de votos que perderam aqueles a insistir na narrativa do “golpe”.

A capa da revista Carta Capital desta semana, reproduzida neste post, não é um ponto fora da curva ou fato isolado. Ela reflete a corrente majoritária hoje encontrada no esquerdismo. Muitos que alegam defender a democracia passaram a questionar… a própria democracia!

Não é raro falarem que se trata de um “modelo desgastado” ou coisa do gênero. É um pouco a birra do menino birrento ao ser contrariado, numa variante acadêmica, mas também a (ainda tímida) assunção das predileções autoritárias, já que não existe socialismo democrático.

Mas o que temos é o seguinte (e isso os apavora mais que tudo): o povo FINALMENTE acordou para algumas esquerdices e, nesse despertar, tratou de refutá-las. Alguns líderes petistas já sabiam disso, servindo de exemplo o próprio Lula, que só ganhou eleição quando deixou de lado – nas campanhas – as pautas de esquerda.

Mas agora que a coisa ficou claramente marcada, será difícil para os partidos identificados com o esquerdismo deixar de lado essa bandeira. Talvez mudem de nome, de cor ou até de cara. Mas ainda assim não será fácil.

Enquanto isso, eles seguirão dizendo que o povo “não sabe votar” e a democracia já não teria aquela virtuosidade toda.



08 de novembro de 2016
implicante

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