"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

MORO DESTACA 'HABILIDADE' DE CUNHA EM 'OCULTAR E DISSIMULAR PROPINAS'

AINDA NÃO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR DIMENSÃO DOS CRIMES, DISSE

(FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO)

O juiz federal Sérgio Moro alertou para a ‘habilidade’ do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em ‘ocultar e dissimular propinas’. O peemedebista foi preso nesta quarta-feira, 19, em Brasília, na Operação Lava Jato.

No longo despacho de 26 páginas em que fundamenta o decreto de prisão do peemedebista, o juiz da Lava Jato destacou ‘a habilidade do acusado em ocultar e dissimular propinas, com contas secretas no exterior, parte não totalmente identificada nem sequestrada, permanece incólume’.

Moro destacou que ‘não foi ainda possível identificar toda a dimensão das atividades delitivas do ex-deputado federal Eduardo Cosentino da Cunha, nem a localização do produto dos crimes em toda a sua extensão’.

Eduardo Cunha foi preso sob acusação de receber US$ 5 milhões em propina no contrato da Petrobrás para exploração do campo de Benin, na África, em 2011.

Segundo o juiz, amparado em informações da Procuradoria da República, ‘parte do produto do crime teria sido ocultado e dissimulado em contas secretas no exterior’.

Moro advertiu para o risco de fuga do mais novo prisioneiro da Lava Jato. “Enquanto não houver rastreamento completo do dinheiro e a total identificação de sua localização atual, há um risco de dissipação do produto do crime, o que inviabilizará a sua recuperação. Enquanto não afastado o risco de dissipação do produto do crime, presente igualmente um risco maior de fuga ao exterior, uma vez que o acusado poderia se valer de recursos ilícitos ali mantidos para facilitar fuga e refúgio no exterior.” (AE)



20 de outubro de 2016
diário do poder

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