"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

ENTREVISTA COM O CRIADOR DE LIBERLAND, O MAIS NOVO PAÍS EUROPEU

JEDLIČKA CONTA COMO CRIOU NOVO PAÍS EUROPEU

VIT JEDLIČKA CRIOU PAÍS APÓS SÉRVIA E CROÁCIA CONFIRMAREM QUE ILHA NÃO LHES PERTENCE


Vit Jedlička, criador e presidente de Liberland, está em Brasília para uma palestra no Ibmec-DF sobre o mais novo país europeu. Em entrevista ao Diário do Poder, Vit, que nasceu na República Tcheca, disse ter ouvido inúmeras vezes dos amigos que seu pensamento era tão liberal que para ser feliz ele teria de criar o próprio país. E foi exatamente o que ele fez.

Criado em abril do ano passado, Liberland é uma ilha de cerca de 7km2 entre a Croácia e a Sérvia, mas que não foi reivindicada por nenhum dos dois paíse após a divisão da antiga Iugoslávia. Apesar de, até o momento, nenhum país ter reconhecido Liberland como uma nação independente, Vit afirmou que tratativas com um país da América Latina estão bem adiantadas e partidos liberais de diversos países abraçaram a ideia de um país sem amarras e burocracia excessiva.

LIBERLAND TEM 7KM2
Como uma nação 100% liberal, a maioria dos serviços comumente públicos como educação, saúde, segurança e previdência social, serão privados em Liberland. Na visão do presidente, um governo não precisa de mais de 3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) para se manter. "Nós buscamos inspiração nos founding fathers dos Estados Unidos onde o governo deve ser o menor e o menos intervencionista possível", disse Vit.

O presidente, que chegou ao Brasil usando um passaporte diplomático de Liberland, explicou que a saída e entrada tem sido feita pela Sérvia, pois a Croácia não tem se demonstrado simpática com a ideia de um novo vizinho e, apesar de reconhecer que a ilha não está dentro de seus limites territoriais, afirma que a porção de terra é da Sérvia.

Quase a totalidade das pessoas que circulam por Liberland é de turistas e a maioria deles é de jornalistas interessados em relatar a inusitada situação da "terra de ninguém" que foi reivindicada por Vit Jedlička e possibilitou a criação de um novo país no velho continente.

PASSAPORTE DIPLOMÁTICO DE LIBERLAND
Ao ser questionado sobre as tratativas com a Organização das Nações Unidas (ONU) e União Europeia (UE) o presidente de Liberland foi direto. "Nós não tratamos com a ONU e a UE porque nós não reconhecemos ambas as instituições". Ao explicar os motivos, Vit disse que "a ONU virou uma 'panelinha' que não tem mais qualquer influência sobre os países mais poderosos e na UE (risos) todos fazem o que a Alemanha manda".

Vit Jedlička será palestrante em evento gratuito no Ibmec-DF nesta quarta (19) às 19h. O Ibmec fica no shopping Id, Setor Comercial Norte, quadra 6. Vale lembrar que a palestra será proferida em inglês.



20 de outubro de 2016
André Brito
diário do poder

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