AS PENAS SOMADAS CHEGAM A 19 ANOS DE CADEIA AO EX-SENADOR
O ex-senador pelo PTB Gim Argello foi condenado nesta quinta-feira (13) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Somadas as penas, Gim deve ficar na cadeia por 19 anos.
De acordo com a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, Gim foi condenado por seis crimes de corrupção passiva, por solicitar propina das empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Andrade Gutierrez, Engevix Engenharia e Camargo Correa, para protegê-las e prevenir a convocação dos dirigentes para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras.
Além disso, o ex-senador também foi condenado por três crimes de lavagem de dinheiro pelo recebimento da vantagem indevida paga pela UTC Engenharia, OAS e Toyo Setal, mediante condutas de ocultação e dissimulação que lhe conferiram aparência lícita; e pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa.
"Entre as penas unificadas dos crimes de corrupção e lavagem e as penas de obstrução à investigação de organização criminosa, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a dezenove anos de reclusão e quatrocentos e treze dias multa e que reputo definitivas para Jorge Afonso Argello", diz um trecho da decisão de Moro.
Propina na CPI
O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente em 12 de abril pela 28ª fase da Operação Lava Jato sob suspeita de ter recebido propina em troca de sua atuação política na CPI da Petrobras. A construtora OAS também foi alvo da operação.
Argello, que foi vice-presidente da CPI, foi citado na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). De acordo com Delcídio, os parlamentares da comissão cobravam “pedágio” de empresários para que eles não fossem convocados para depor na CPI, encerrada em 2014.
Os encontros ocorriam semanalmente e eram liderados pelo empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ainda segundo Delcídio. Em outra delação, o diretor-financeiro da UTC Engenharia, Walmir Santana, afirmou que Argello atuava diretamente para que Ricardo Pessoa, dono da UTC, não fosse convocado – em troca, Pessoa faria contribuições a políticos e partidos indicados pelo ex-senador.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, há provas de que Argello recebeu propina de mais de R$ 5 milhões das empreiteiras OAS e UTC.
A fase da operação foi batizada de Vitória de Pirro, expressão usada para se referir a uma vitória conquistada a alto custo, com grandes prejuízos.
Indiciado pela PF e denunciado pelo Ministério Público Federal, o MPF reforçou o pedido de condenação contra Gim há dois dias, o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, o dono da UTC Ricardo Pessoa e outros seis investigados em um processo da 28ª fase da Lava Jato. Entre os crimes citados estão organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
13 de outubro de 2016
Elijonas Maia
diário do poder
GIM ARGELLO FOI PRESO EM CASA, NO LAGO SUL, PELA LAVA JATO. (FOTO: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO) |
O ex-senador pelo PTB Gim Argello foi condenado nesta quinta-feira (13) por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e obstrução à investigação de organização criminosa. Somadas as penas, Gim deve ficar na cadeia por 19 anos.
De acordo com a decisão do juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, Gim foi condenado por seis crimes de corrupção passiva, por solicitar propina das empreiteiras UTC Engenharia, OAS, Toyo Setal, Andrade Gutierrez, Engevix Engenharia e Camargo Correa, para protegê-las e prevenir a convocação dos dirigentes para depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito da Petrobras.
Além disso, o ex-senador também foi condenado por três crimes de lavagem de dinheiro pelo recebimento da vantagem indevida paga pela UTC Engenharia, OAS e Toyo Setal, mediante condutas de ocultação e dissimulação que lhe conferiram aparência lícita; e pelo crime de obstrução à investigação de organização criminosa.
"Entre as penas unificadas dos crimes de corrupção e lavagem e as penas de obstrução à investigação de organização criminosa, há concurso material, motivo pelo qual as penas somadas chegam a dezenove anos de reclusão e quatrocentos e treze dias multa e que reputo definitivas para Jorge Afonso Argello", diz um trecho da decisão de Moro.
Propina na CPI
O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi preso preventivamente em 12 de abril pela 28ª fase da Operação Lava Jato sob suspeita de ter recebido propina em troca de sua atuação política na CPI da Petrobras. A construtora OAS também foi alvo da operação.
Argello, que foi vice-presidente da CPI, foi citado na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS). De acordo com Delcídio, os parlamentares da comissão cobravam “pedágio” de empresários para que eles não fossem convocados para depor na CPI, encerrada em 2014.
Os encontros ocorriam semanalmente e eram liderados pelo empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, ainda segundo Delcídio. Em outra delação, o diretor-financeiro da UTC Engenharia, Walmir Santana, afirmou que Argello atuava diretamente para que Ricardo Pessoa, dono da UTC, não fosse convocado – em troca, Pessoa faria contribuições a políticos e partidos indicados pelo ex-senador.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, há provas de que Argello recebeu propina de mais de R$ 5 milhões das empreiteiras OAS e UTC.
A fase da operação foi batizada de Vitória de Pirro, expressão usada para se referir a uma vitória conquistada a alto custo, com grandes prejuízos.
Indiciado pela PF e denunciado pelo Ministério Público Federal, o MPF reforçou o pedido de condenação contra Gim há dois dias, o ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, o dono da UTC Ricardo Pessoa e outros seis investigados em um processo da 28ª fase da Lava Jato. Entre os crimes citados estão organização criminosa, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
13 de outubro de 2016
Elijonas Maia
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