"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 30 de abril de 2016

PMDB LANÇA PROGRAMA DE GOVERNO

VEJA teve acesso ao documento do partido do vice-presidente Michel Temer, que será apresentado na próxima semana e fala sobre suas metas sociais

Programa ainda pode sofrer pequenas alterações até a divulgação oficial na próxima semana(Heitor Feitosa/VEJA.com)


O PMDB, partido do vice-presidente Michel Temer, já tem pronto o seu programa de governo. Depois de divulgar em novembro um manifesto econômico liberal, Uma Ponte Para o Futuro, o partido vai apresentar oficialmente na próxima semana um novo documento, intitulado A Travessia Social, com suas metas sociais. 
VEJA teve acesso ao texto, que ainda pode sofrer pequenas alterações. Um ponto se destaca: ao contrário do programa anterior, mais genérico, o PMDB agora fala claramente no que vai fazer ou lançar. É a fala de quem já se vê no poder.

Clique e confira, na íntegra, o programa de governo do PMDB


O programa, em seu início, anuncia: "O primeiro dever do governante é falar sempre a verdade. E reconhecer e compreender os problemas com que têm de lidar."

O documento então traça os principais compromissos que Temer terá com a população. No que diz respeito à crise enfrentada pelo país, ele informa: "Estamos diante de dois círculos viciosos que precisam ser rompidos. 
O primeiro diz respeito ao crescimento econômico e ao equilíbrio fiscal. 
O outro círculo vicioso é mais complexo, com três elementos: nível de atividade econômica, situação fiscal e políticas sociais. Fala ainda de "objetivos sagrados" a serem estabelecidos. A saber: "Preservar o bem-estar dos 40% mais pobres e, adicionalmente, elevar o padrão de vida dos 5% mais pobres - 10 milhões de pessoas - para as quais têm sido mais desafiador promover a inclusão social e produtiva." 

O documento assume compromisso explícito com a manutenção de programas que, segundo o PT, seriam descartados com a interdição de Dilma Rousseff, tais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec - que o PMDB descreve como "bem desenhados", mas mal geridos ou tornados ineficazes pela crise econômica.

O programa dá atenção ainda à saúde. Diz que: 
"O Governo deve implantar um cartão de Saúde, pessoal e intransferível, atribuído a qualquer brasileiro desde o nascimento para o seu acesso à rede de saúde, com um conjunto de direitos e deveres definidos. A informação relacionada no cartão vai conter a história clínica da pessoa, com acesso restrito a ela e ao médico de família. Será o início de um grande choque de gestão no sistema".

E segue, ainda sobre a saúde: 
"É necessária uma política de remuneração dos provedores e unidades de saúde, associada ao desempenho e à qualidade do serviço prestado, aplicável aos estabelecimentos públicos e privados"

O programa abraça também a educação, e afirma centrar-se em linhas como: 
"Prioridade para o ensino fundamental e médio, foco na qualidade do aprendizado e na sala de aula, maior presença do Governo Federal no ensino básico", entre outras.

O texto do PMDB se concentra, por fim, no que ele chama de "A Regeneração do Estado". 
O partido diz que vai apoiar a continuidade das ações da Operação Lava Jato e que "um Brasil ético pede ainda que um novo governo reforce o papel institucional da Controladoria Geral da União, órgão fundamental para investigar e coibir os casos de corrupção no Estado; assegure recursos para o bom desenvolvimento dos trabalhos da Polícia Federal e da Receita Federal, órgãos fundamentais no combate ao crime".

30 de abril de 2016
Veja

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